Rio Grande do Norte não registra casos de sarampo desde 2020

O Rio Grande do Norte está desde 2020 sem registrar nenhum caso de sarampo. A falta de ocorrências da doença tem sido fundamental para o sucesso das medidas de controle e redução do sarampo em todo o território nacional. Na última semana, o Brasil completou dois anos sem casos autóctones da doença, aproximando-se assim da retomada da certificação de ‘país livre de sarampo’, após ter deixado de ser considerado uma região endêmica no ano passado.

O Brasil já havia recebido o título de país livre da doença em 2016. No entanto, em 2018, o intenso fluxo migratório de países vizinhos, associado às baixas coberturas vacinais em vários municípios, permitiu a reintrodução do vírus em território nacional. Desde 2019, o número de casos de sarampo tem diminuído, caindo de 20.901 registros naquele ano para 41 casos em 2022. O último caso foi confirmado em 5 de junho de 2022, no Amapá.

No início de maio, o país recebeu a visita da Comissão Regional de Monitoramento e Reverificação da Eliminação do Sarampo, Rubéola e Síndrome da Rubéola Congênita na Região das Américas e do Secretariado da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) visando dar continuidade ao processo de recertificação do Brasil como livre da circulação de sarampo e com sustentabilidade da eliminação da rubéola e da síndrome da rubéola congênita (SRC).

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Incidência de câncer cresce 79% em pessoas com menos de 50 anos

Dados de um estudo publicado na revista científica BMJ Oncology têm preocupado especialistas da saúde. O aumento de 79% do câncer em adultos jovens vai na contramão do desenvolvimento da doença como um todo. Como afirma Jorge Sabbaga, da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer, os dados “vêm num contexto em que a incidência mundial de câncer vem de fato baixando”.

Justamente no grupo que não era considerado de risco, pessoas em geral abaixo de 50 anos, crescem os casos da doença. O professor dá alguns indicativos das razões dessa tendência contraintuitiva. Historicamente, o principal grupo de risco eram os tabagistas. Com cada vez menos usuários de tabaco, a diminuição de câncer na terceira idade se explica. Já a aparição de tumores em grupos mais jovens pode ter causas diversas, sendo uma das principais o aumento da obesidade.

Enquanto a taxa de tabagistas cai, sobe a de obesos. O cenário, como afirma Sabbaga, é de “esses dois fatores trabalhando cada um contra o outro” e que “isso provavelmente interfere com o aumento da incidência de câncer em populações mais jovens”.

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Brasil tem quase 90% dos casos de dengue no mundo em 2024, diz OMS

O Brasil é o país com maior número de casos e mortes por dengue neste ano, segundo informe da OMS (Organização Mundial de Saúde) divulgado nesta quinta-feira (30.mai.2024). São 6,2 milhões de casos suspeitos e 3 milhões confirmados –o que corresponde a 88,2% dos casos no mundo no período.

Até 30 de abril, a soma dos casos notificados mundialmente foi de 7,6 milhões. Desses, 3,4 milhões foram confirmados. Ao todo, foram registradas 3.680 mortes –sendo 77% desse total (2.846) no Brasil.

O aumento mais substancial foi observado nas Américas, onde o número de casos já ultrapassou 7 milhões no final de abril de 2024 –a média anual é de 4,6 milhões– em 2023. Na região, a dengue é o arbovírus mais difundido e tem pandemias cíclicas a cada 3 a 5 anos.

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OMS: Faixa de Gaza tem apagão e comunicação cortada; hospitais e necrotérios estão lotados

A Organização Mundial de Saúde (OMS) afirma, em comunicado divulgado neste sábado, que civis, pacientes e trabalhadores de saúde na Faixa de Gaza “passaram a noite na escuridão e com medo”. Durante uma noite de “intenso bombardeio e incursão por terra” das forças de Israel, a população civil “tem sido sujeita a um blecaute total de comunicação e elétrico”.

Na nota veiculada no X (ex-Twitter), a OMS “reitera seus pedidos por um imediato cessar-fogo humanitário”, e lembra as partes envolvidas de que precisam tomar todas as precauções para proteger civis e a infraestrutura civil. “Isso inclui trabalhadores de saúde, pacientes, instalações de saúde e ambulâncias, bem como civis que se abrigam nessas instalações”, afirma o braço da Organização das Nações Unidas na saúde. Ela pede “medidas ativas” para garantir que civis não sejam feridos e que possa haver a passagem segura para “suprimentos médicos, combustível, água e alimentos desesperadoramente necessários” para a Faixa de Gaza.

A OMS diz que relatos de bombardeios perto dos hospitais Indonesia e Al Shifa são “gravemente preocupantes”, e reitera que é impossível retirar os pacientes sem ameaçar suas vidas. Os hospitais de Gaza já operam com capacidade máxima, “graças aos feridos em semanas de bombardeio incessante”, e não conseguem absorver a alta “dramática” no número de pacientes, enquanto abrigam milhares de civis, detalha.

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