Haddad admite bloqueio de R$ 23 bilhões no Orçamento de 2024

De acordo com o chefe da equipe econômica, deve prevalecer a regra que prevê aumento real de, no mínimo, 0,6% nas despesas do governo. Foto: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, calcula que, caso seja necessário fazer contingenciamento (bloqueio no orçamento) em 2024, o valor será limitado a, no máximo, R$ 23 bilhões. Falando a jornalistas, nesta sexta-feira 17, o ministro usou para o cálculo as regras do arcabouço fiscal que tratam do aumento de despesas da União.

Haddad não chegou a dizer que será necessário bloquear o orçamento do ano que vem, como tem sido colocado pelas projeções de mercado. Isso ocorrerá se o governo não conseguir ampliar a arrecadação ao ponto de alcançar a meta de deficit zero nas contas públicas em 2024. Por enquanto, Haddad trabalha pela aprovação das medidas em tramitação no Congresso Nacional que proporcionarão mais receitas para o governo.

“O marco fiscal que foi aprovado estabelece que a alta do dispêndio público do ano seguinte não pode ser inferior a 0,6% em termos reais (acima da inflação) nem superior a 2,5% em termos reais, ao realizado no ano anterior. Esse é uma espécie de canal por onde o dispêndio público vai andar”, afirmou o ministro.

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PT desconversa, mas segue apoiando Haddad na sucessão de Lula

A fritação pública do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, não altera os planos do PT para a sucessão de Lula. Segundo dirigentes do partido, Haddad segue sendo o sucessor natural do presidente da República. A dúvida é se para 2026 ou 2030.

Esses dirigentes dizem que a questão da sucessão ainda não é conversada no partido, que tem no horizonte a reeleição de Lula. Para o Partido dos Trabalhadores, Lula chegará inteiro às eleições de 2026, aos 81 anos.

E se depender de Lula, o sucessor será realmente Haddad. Mesmo com o quiproquó desta última semana, em que os dois disseram coisas diferentes sobre a meta fiscal de 2024, o presidente tem muita confiança em seu ministro da Fazenda.

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Haddad vai tentar zerar déficit em 2024; Lula ainda avaliará

Fernando Haddad, ministro da Fazenda. Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda.

O presidente Lula ainda não bateu o martelo, mas o Ministério da Fazenda vai insistir na meta fiscal de 2024 com déficit zero.

O ministro Fernando Haddad começou a semana em desvantagem – com a ala que defende um déficit de 0,25% do PIB para evitar cortes ganhando a disputa – mas vai terminando com novos adeptos e aliados, e a tendência é que a meta fiscal seja mantida.

Lula deve voltar a discutir o tema nesta sexta-feira 03 com seus ministros. Ele quer saber se há viabilidade de o governo conseguir aprovar as medidas de aumento de arrecadação para garantir zerar o rombo das contas públicas no ano que vem.

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Haddad reúne-se com Lula e Belchior e participa de encontro do grupo de crédito do ‘Conselhão’

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem dois compromissos nesta segunda-feira, 30, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto. Pela manhã, Haddad terá reunião com Lula, que ainda contará com a presença da secretária executiva da Casa Civil, Miriam Belchior. O encontro está previsto para as 9h.

À tarde, o ministro será um dos participantes de reunião com o Grupo de Trabalho de Crédito e Investimento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o Conselhão, que será liderada por Lula e terá a participação de outros ministros, dentre eles o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O encontro está marcado para as 15h.

Estadão Conteúdo

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Haddad defende Mercosul integrado para negociar com União Europeia

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira 23 que quanto mais integrado o Mercosul estiver, melhores condições terá para negociar com a União Europeia. A declaração foi feita na chegada ao ministério, após ser perguntado sobre como recebeu o resultado do primeiro turno das eleições na Argentina.

Com mais de 90% das urnas contabilizadas, o candidato Sergio Massa obteve 36,2% dos votos e disputará a presidência com Javier Milei, candidato da extrema direita que liderava as pesquisas de intenção de voto, mas obteve 30,19% dos votos.

Após dizer que preferia evitar comentar o resultado de eleição, uma vez que a Argentina passará, ainda, por um segundo turno, Haddad disse que está acompanhando o pleito, pela relevância que terá para o Mercosul – bloco de integração regional que reúne como membros Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela, que está suspensa.

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Haddad devolverá onça de ouro que ganhou da Arábia Saudita

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai devolver à Arábia Saudita uma onça de ouro que recebeu como presente nesta segunda-feira (31/7), em São Paulo. A devolução foi orientada pela Receita Federal.

A entrega do item havia sido feita pelo ministro de Investimentos do Reino da Arábia Saudita, Khalid Al Falih, após encontro com Haddad nesta manhã (veja a imagem acima).

“Como protocolo, a oferta de presentes a autoridades públicas deve ser feita com aviso prévio ao cerimonial do órgão público agraciado. Por esse motivo, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, orientou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a devolver a estátua de uma onça, recebida do governo da Arábia Saudita”, disse a Fazenda, em nota.

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