Moeda brasileira registra queda de mais de 20% no acumulado do ano em meio ao receio fiscal.
Das 20 principais moedas no mundo, o real foi a que mais se desvalorizou perante o dólar.
Até o dia 17 de dezembro, a moeda brasileira acumulava desvalorização de 21,52%, de acordo com dados da consultoria Elos Ayta. O patamar é muito próximo do registrado no ano da pandemia, quando o real caiu 22,44%. Após o pregão da última quarta, a desvalorização chegou a 24,30%.
Nesta quarta-feira, a moeda americana teve alta de 2,78%, a R$ 6,267, renovando novamente seu maior valor nominal de fechamento da história. Mesmo com avanço de parte do pacote fiscal no Congresso e análise de outros textos que compõem o conjunto de medidas na Câmara, o dólar seguia subindo com receio fiscal. Outro ingrediente foi a decisão do Federal Open Market Comittee, que optou por corte de 25 pontos-base no custo de empréstimos nos EUA, mas indicou redução do ritmo de queda dos juros: com isso, a moeda manteve sua trajetória altista na sessão.
OPINIÃO DO JORNAL DO SERIDÓ (CAICÓ-RN) EM LINGUAGEM SIMPLES: O governo federal demora a fazer o “ajuste fiscal” que é um termo bonito para o conceito de equilibrar suas dívidas. O governo gasta mais do que arrecada e não quer diminuir sua gastança. É isso que significa não fazer o ajuste fiscal. Com isso, os investidores ficam com receio do governo dar calote em suas dívidas e evitam emprestar dinheiro ao governo. Eles pegam o dinheiro em real no país e compram dólares para investir em outros países. É como os agiotas que evitam emprestar MAIS dinheiro a uma pessoa que está com muitas dívidas com eles. Com a procura por dólares o valor da moeda americana sobe e o real se deprecia… Isso aumentará o valor dos produtos importados que os brasileiros consomem, desde alimentos, roupas, eletrônicos e produtos diversos. Também os produtores brasileiros preferem vender para o estrangeiro pois o dólar forte valoriza mais suas mercadorias. Essa situação faz ressurgir a inflação com força. O nosso Banco Central, tentando conseguir o dinheiro que precisa para fechar as contas no final do mês (lembra de que o governo gasta mais do que arrecada?) oferece pagar mais juros para os investidores/agiotas do governo… E no final, todos os brasileiros ficam no prejuízo. No final do mês o salário do trabalhador compra menos mercadorias para dentro de casa. 2025 não está prometendo coisas boas para a economia nacional.
Editor-Chefe: Dr. Rômulo Fernandes