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Petrobras anuncia queda de R$ 0,40 na gasolina e botijão abaixo de R$ 100

Por Larissa Quintino Atualizado em 16 Maio 2023, 12h15 – Publicado em 16 Maio 2023, 11h52

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Ao comentar a nova política de preços da Petrobras, presidente da estatal, Jean Paul Prates anunciou a diminuição dos preços na gasolina, no diesel e no gás de cozinha. Os preços passam a valer a partir desta quarta-feira, 17. De acordo com Prates, a redução já é efeito da nova estratégia comercial da companhia, que foi anunciada nesta terça-feira, 16. A companhia abandonou a paridade internacional para ‘abrasileirar’ os preços, uma das promessas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a campanha eleitoral de 2022.

De acordo com o anúncio feito pela petroleira, a gasolina terá redução de 40 centavos por litro (-12,6%) nas refinarias. O diesel de 0,44 centavos (-12,8%) e o GLP, o gás de cozinha, cairá 21,3%, equivalente a 8,97 reais por botijão de 13 quilos. Prates também informou a redução estimada para o consumidor, caso os repasses sejam feitos também por toda a cadeia de distribuição e revenda. O botijão pode cair abaixo dos 100 reais, chegando a 99,87 reais. Já nos postos, o presidente da estatal estimou que essa redução possa baixar a gasolina do preço médio de 5,40 reais para 5,20 reais, enquanto o diesel diminuirá de 5,57 reais para 5,18 reais.

No início da manhã, a estatal anunciou uma nova política de preços para os combustíveis no mercado interno. Segundo o presidente da estatal, a empresa usará uma estratégia comercial para abrasileirar os preços na porta da refinaria, já que os preços de produção são nacionais. Prates afirma, porém, que não irá perder o referencial dos preços praticados pelo mercado internacional. “Quando digo referência, não é paridade de importação. Portanto, quando o mercado lá fora estiver aquecido, com preços fora do comum e mais altos, isso será refletido no Brasil. Porque abrasileirar o preço significa levar vantagens em conta, sem tirar nossas vantagens nacionais”, disse. Segundo Prates, A estratégia funciona como um ‘filtro’ aplicado pelo refino e autossuficiência em petróleo em relação as variações do mercado internacional.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou o fim do PPI na petroleira e criticou a política anterior. “Essa nova política, além de servir a uma política comercial adequada, que é competir internamente e tornar os preços mais atrativos para o consumidor, vai diminuir o impacto na inflação. E vai ajudar o Brasil inclusive a sensibilizar, por exemplo, o Banco Central para que a gente possa diminuir a nossa taxa de juros”, disse. “A Petrobras vai se livrar de muitas amarras que a colocavam, muitas vezes, até mal posicionada. Porque a volatilidade era obrigatoriamente cumprida por ela, muitas vezes, de forma a prejudicar o consumidor e a própria empresa. Ganha o governo, mas ganham principalmente as brasileiras e os brasileiros”, declarou.

Segundo a nota oficial da Petrobras, a nova estratégia comercial da companhia usa duas referências de mercado. A primeira é chamada de “custo alternativo do cliente, como valor a ser priorizado na precificação”, e a segunda é classificada como o “valor marginal para a Petrobras”. O comunicado da Petrobras, entretanto, não apresenta uma fórmula clara indicando qual será o peso de cada fator no novo cálculo.

“O custo alternativo do cliente contempla as principais alternativas de suprimento, sejam fornecedores dos mesmos produtos ou de produtos substitutos”, explica o comunicado da Petrobras. Já o “valor marginal”, de acordo com a estatal, é “baseado no custo de oportunidade dadas as diversas alternativas para a companhia dentre elas, produção, importação e exportação do referido produto e/ou dos petróleos utilizados no refino”.

Prates negou que haja uma intervenção do governo nos preços da estatal. Segundo ele, os instrumentos econômicos da companhia estão garantidos, mas a nova política garante que a estatal pratique sempre o melhor preço que puder para seus clientes, isto é, as refinarias.

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