Imagem: Reprodução/@nicolasmadurom no YouTube
Coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile critica o Itamaraty pelo veto à entrada da Venezuela como país parceiro do Brics durante reunião do grupo na Rússia.
Para o líder sem-terra, a atitude brasileira revela “a posição ideológica do corpo diplomático, que age com interesses de classe e historicamente subalternos a UE [União Europeia] e EUA”.
Stedile ainda avalia que a chancelaria brasileira trata Argentina e Venezuela a partir de critérios diferentes.
Segundo ele, mesmo que Javier Milei chame Lula (PT) de “ladrão quase todos os dias”, o Itamaraty argumenta que adota política de relações de Estado e que “governos não importam”. No entanto, Nicolás Maduro foi criticado no encontro do Brics.
“Como ficam os interesses então do Estado venezuelano? Um pouco de dignidade faria bem. E alguma avaliação do Itamaraty sobre democracia das monarquias do Oriente Médio que participam do Brics? Santa paciência, protegei-nos de uma burguesia serviçal dos interesses do império americano”, conclui, em texto na rede social Bluesky.
Stedile foi recebido pelo ditador venezuelano em setembro para discutir uma parceria em projeto de produção agrícola.
Painel – Folha de S. Paulo