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Governo Lula interfere na Petrobras e articula mudança na política de preço para acomodar aumento de impostos

Apontado como um dos principais motivos para o precesso de fritura pela qual passa o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates (veja o vídeo acima para enteder), o preço da gasolina deve ser motivo de intereferência direta do Governo Lula na estatal brasileira. Segundo reportagem do R7, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, intenciona alterar a política de preços adotada pela Petrobras, a Paridade de Preços Internacional (PPI).

A Petrobras adota o PPI, o que faz com que o preço da gasolina, do etanol e do diesel acompanhe a variação do valor do barril de petróleo no mercado internacional. A medida foi implementada em 2016, durante a gestão do ex-presidente Michel Temer, e uma mudança nessa ação chegou a ser prometida por Luiz Inácio Lula da Silva durante a campanha eleitoral, em 2022.

Assumida a Presidência, no entanto, a discussão foi mantida em segundo plano, até a semana passada, quando a possibilidade de aumento da gasolina acendeu um sinal amarelo no valor que o combustível pode chegar na bomba.

Além disso, vale lembrar que no fim de fevereiro, houve a volta da cobrança de tributos federais sobre os combustíveis. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na ocasião que o preço da gasolina e do etanol subiu R$ 0,34 e R$ 0,02, respectivamente, a partir de 1º de março.

Diante disso, o Governo Federal tem cobrado mudanças na política de preço para atenuar o aumento de impostos. Segundo estudos do Ministério, a alteração na política de preços pode provocar redução no preço do diesel entre R$ 0,22 e R$ 0,25. Outro ponto defendido pelo ministro é a função da estatal para diminuir o impacto de crises internacionais no preço dos combustíveis nas refinarias do país.

Publicamente, porém, Jean-Paul Prates tem se mantido como homem de mercado. “Não existe bala de prata. A própria PPI é uma abstração, parece que virou um dogma. Não é necessariamente assim. O mercado brasileiro é diferente”, disse Prates após ter sido empossado. “A Petrobras vai praticar o preço do mercado em que ela estiver atuando. Quem faz preço de mercado é o mercado, a empresa faz condições comerciais. Não faz sentido eu praticar o preço do meu concorrente”, completou.

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