O ex-presidente do Peru, Alejandro Toledo, foi preso e encaminhado ao presídio de Barbadillo, na capital peruana Lima, no domingo (23.abr.2023). A detenção se deu depois que os Estados Unidos autorizaram a extradição de Toledo ao país sul-americano.
O peruano é acusado de corrupção, tráfico de influência e lavagem de dinheiro. Ele teria recebido propina milionária da empreiteira Odebrecht para favorecer os negócios da construtora no Peru quando era chefe do Executivo.
Segundo o Ministério Público do Peru, Toledo ficará em prisão preventiva por 18 meses enquanto aguarda o julgamento.
As investigações indicam que Toledo teria solicitado a representantes da Odebrecht no Peru propina de US$ 20 milhões para conceder à empreiteira a construção da rodovia Interoceânica Sul, que percorre 2.600 km e liga o noroeste do Brasil ao litoral sul do Peru. O ex-diretor da Odebrecht, Jorge Barata, confirmou para a Justiça brasileira o pagamento.
O dinheiro teria sido enviado para a conta de Josef Maiman, amigo do ex-presidente. Maiman, por sua vez, fundou uma empresa na Costa Rica que tinha o objetivo de reencaminhar ao Peru quantias do dinheiro destinadas à compra de imóveis.
Toledo foi presidente de 2001 a 2006. Depois de seu mandato, o peruano passou a morar no Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. Em julho de 2019, foi preso no país norte-americano a pedido das autoridades peruana. A ordem de prisão foi cumprida pelo Departamento de Justiça dos EUA.
Em fevereiro deste ano, os Estados Unidos autorizaram a extradição do ex-presidente peruano. O pedido remonta a maio de 2018.
Poder360