O deputado federal Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ) apresentou um PLP (Projeto de Lei Complementar) que estipula um limite de gastos para o cartão corporativo da Presidência da República. O congressista é líder de seu partido na Câmara.

A medida propõe que qualquer cidadão possa contestar as despesas em até 60 dias da divulgação do valor gasto. A refutação deve ser enviada à CFFC (Comissão de Fiscalização Financeira e Controle) da Câmara dos Deputados. Lá, precisará ser aprovada por maioria absoluta (50% + 1) dos integrantes para ser julgada como procedente ou improcedente.

“Comprovado o mau uso do Cartão de Pagamentos do Governo Federal na operação contestada, o portador do cartão responsável pela despesa fica obrigado a restituir o valor gasto”, diz o texto.

As despesas ainda deverão ser divulgadas para a população em até 72 horas pela internet e com detalhamento da compra.

Atualmente, as despesas são disponibilizadas pelo Portal da Transparência da Presidência da República, mas sem detalhamento. Os dados constam somente a partir de 2013.

A princípio, o limite estipulado pelo PLP de Aureo Ribeiro é equivalente à média dos gastos do cartão corporativo nos últimos 3 anos. Depois, cada órgão deve estabelecer um teto específico para cada ano.

O teto aumenta com o passar dos anos na seguinte proporção:

  • 10% a partir de 2024;
  • 20% a partir de 2025;
  • 30% a partir de 2026.

A proposta altera a lei complementar 101 de 2000, sancionada em 4 de maio de 2000. A legislação estabelece as regras atuais sobre os gastos corporativos.

Poder360

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