Volkswagen se recusa a pagar R$ 165 milhões em caso de trabalho escravo no Pará

A Volkswagen deixou nesta quarta-feira (29) a mesa negociação criada com o Ministério Público do Trabalho para discutir a ocorrência de trabalho escravo e outras violações dos direitos humanos em uma fazenda da qual era dona no estado do Pará.

Os casos investigados pelo MPT teriam ocorrido na fazenda Vale do Rio Cristalino, conhecida como Fazenda Volkswagen, localizada no município de Santana do Araguaia, no sul do Pará, durante as décadas de 1970 e 1980, quando o Brasil ainda vivia sob a ditadura militar (1964-1985). A Volkswagen do Brasil diz que “não se posiciona sobre processos em andamento”.

O procurador do trabalho Rafael Garcia, coordenador do grupo especial que investiga o caso, diz que a empresa recusou a proposta de pagar R$ 165 milhões em indenizações a 14 trabalhadores identificados como vítimas. Para desse valor também seriam usada para auxiliar na busca por outras vítimas e familiares de ex-trabalhadores da fazenda.

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Volkswagen e GM iniciam férias coletivas para 5 mil trabalhadores

As montadoras Volkswagen e General Motors (GM) iniciam nesta segunda-feira (27) períodos de férias coletivas para cerca de cinco mil trabalhadores de suas fábricas de Taubaté e São José dos Campos, no interior paulista.

Com o mercado em desaceleração, montadoras no país anunciaram afastamento de funcionários e redução na produção entre março e abril. As paralisações também ocorrem em unidades da Hyundai, em Piracicaba; Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo; e Stellantis, em Goiana no Pernambuco, que reúne marcas como Fiat, Peugeot, Citröen.

Na Volkswagen, o afastamento dos funcionários na fábrica de Taubaté será inicialmente de 10 dias para cerca de 2 mil trabalhadores. Depois desse período, um novo período de férias coletivas será adotado para 900 funcionários, que só voltam ao trabalho após o feriado de Tiradentes.

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