Brasileiro voluntário é atingido por míssil e morre em guerra na Ucrânia

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Um brasileiro de 23 anos, natural de Rondônia, morreu na Ucrânia após ser atingido por um míssil. Ele atuava como voluntário na guerra há mais de um ano. A morte foi confirmada pela irmã da vítima, Juliana Sales, ao UOL. Júlio César Sales Soeiro teria sido atingido junto a um grupo de militares na região de Avdiivka na última terça-feira 14.

A situação nos arredores da cidade foi descrita como “muito tensa” pela televisão estatal ucraniana na quinta-feira 16. Os familiares foram informados da morte por um amigo de Júlio, que comunicou que não sobrou nenhuma parte do corpo dele. Um canadense e um norte-americano também morreram, sendo que os outros dois corpos foram recuperados, mas o de Júlio não.

A família, até o momento, não recebeu assistência do governo brasileiro, conforme afirmou Juliana. O Itamaraty, procurado pelo UOL, não informou se está prestando assistência consular. Juliana lamentou a perda do irmão e o descreveu como um herói que morreu para salvar um amigo ferido em combate. A cidade industrial de Avdiivka, cenário do incidente, foi temporariamente controlada por Moscou em julho de 2014 antes de retornar ao controle ucraniano.

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Reconstrução da Ucrânia pode chegar a US$ 1 trilhão após guerra com a Rússia

Mesmo sem qualquer perspectiva de paz entre Rússia e Ucrânia, com dezenas de mísseis caindo todos os dias em solo ucraniano e dezenas de vidas ceifadas, especialistas e autoridades de todo o mundo começam a traçar um capítulo que pode ser mais complicado do que a guerra em si: o tortuoso caminho reconstruir o país.

Segundo estimativas do Banco Mundial, feitas em março, o preço estimado para recuperar a Ucrânia era de US$ 411 bilhões, ou R$ 2,02 trilhões, mais do que o dobro do PIB do país em 2021, último ano antes do início da guerra. Mas o valor poderia ser ainda maior: para o Banco Europeu de Investimentos, a cifra pode chegar a US$ 1 trilhão (R$ 4,92 trilhões), pouco mais da metade do PIB brasileiro em 2022.

Embora os números sejam astronômicos, ainda mais considerando os bilhões de dólares já investidos em armamentos e ajuda humanitária a Kiev, a participação ocidental neste processo poderia cimentar os laços com a Ucrânia a longo prazo, uma estratégia confirmada por exemplos históricos.

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