Covid: nova subvariante faz Saúde recomendar vacina de reforço
O Ministério da Saúde recomendou, nesta quarta-feira (6/12), que as pessoas com 60 anos ou mais e as imunossuprimidas tomem uma nova dose de reforço da vacina bivalente contra a Covid-19. A vacinação é indicada para aqueles que receberam a última dose há mais de 6 meses.
A indicação vem após o registro do aumento de casos de Covid-19 no Ceará a partir da segunda quinzena de novembro, com predomínio em Fortaleza. Exames de sequenciamento genômico mostram que 80% das amostras do vírus coletadas em testes são da sublinhagem JN.1, da BA.2.86. Acredita-se que a subvariante já esteja em circulação em outros locais do país.
“A partir da análise do cenário e considerando a presença da variante JN.1 no país, lançamos uma nova nota técnica antecipando a vacinação para idosos (a partir dos 60 anos) e imunossuprimidos (a partir dos 12 anos), que tenham recebido a vacina há mais de 6 meses”, informou a secretária de vigilância em saúde e ambiente Ethel Maciel, pelo X (antigo Twitter).
Quatro estados apresentam crescimento de casos de Covid-19; veja quais
Os estados do Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo apresentam crescimento de casos de Covid-19 entre os adultos. A informação faz parte do novo boletim Infogripe, divulgado nesta segunda-feira, 30, pela Fundação Oswaldo Cruz.
O pesquisador Marcelo Gomes explica que, apesar de ser uma alta nos casos de forma mais lenta, é preciso que a população siga em alerta.
Em contrapartida, o levantamento apontou que Rio de Janeiro, Distrito Federal e Goiás, que apresentaram alerta de crescimento em boletins anteriores, não passam mais por uma alta nos casos.
Vacinação protege crianças de sequelas da covid-19
Além de evitar casos graves da covid-19, a vacinação infantil contra a doença é fundamental para proteger as crianças de sequelas da infecção, a chamada covid longa.
A afirmação é de Clovis Artur Almeida da Silva, professor titular do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e chefe do departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da USP.
InfoGripe mantém alerta para aumento de casos de covid-19
Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), segue similar ao da semana passada, no qual se identificou um ligeiro aumento nos casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) associadas à covid-19, majoritariamente localizados em estados do Sudeste e do Centro-Oeste, com destaque para o Rio de Janeiro, São Paulo e Goiás.
As informações são referentes à Semana Epidemiológica 37 – de 10 a 16 de setembro – e a análise tem como base os dados inseridos no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) até o dia 18 de agosto.
Covid-19: só 11% das crianças até 5 anos tomaram duas doses da vacina
O boletim Observa Infância da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Centro Universitário Arthur de Sá Earp Neto (Unifase), da Faculdade de Medicina de Petrópolis, divulgado nesta sexta-feira (11), mostra que foi reduzido o número de crianças com até 5 anos tomaram pelo menos duas doses da vacina contra a covid-19. Dados do Ministério da Saúde, usados para análise da pesquisa, indicam que apenas 11,4% das crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, foram imunizadas com duas doses da vacina.
Segundo o coordenador do Observatório, Cristiano Boccolini, os números são preocupantes e revelam cobertura vacinal de apenas 2,9% entre bebês de 6 meses a 2 anos. Boccolini disse que vários fatores contribuíram para os baixos índices de vacinação: a demora para a compra de vacinas, informações falsas de que as crianças não sofrem com a forma grave de covid-19, ou que há falta de segurança e eficácia da vacina, são alguns desses fatores.
Conforme dados epidemiológicos recentes sobre a covid-19, o Brasil registrou, entre 1º de janeiro e 11 de julho de 2023, 80 mortes de crianças de até 4 anos. Desse total, 23 foram de crianças entre 1 e 4 anos, o que representa média de aproximadamente 1 óbito semanal nesse grupo etário. No mesmo intervalo, houve 2.764 hospitalizações em razão da doença, das quais 994 envolveram crianças de 1 a 4 anos. “Isso significa média semanal de 38 hospitalizações para essa faixa etária”, informaram os pesquisadores.
Efeitos da pandemia em jovens não foram enfrentados adequadamente, aponta estudo
Crianças e jovens não tiveram acesso a ações específicas e bem estruturadas que mitigassem os efeitos da pandemia de Covid-19, aponta uma nova pesquisa que conta com autores brasileiros. Embora não fossem grupo de maior risco para casos graves da doença, a crise sanitária trouxe diferentes efeitos para os mais jovens.
Publicado neste domingo (25), o estudo é uma parceria de universidades do Brasil, do Reino Unido e da África do Sul. Agências de financiamento desses países, como a Fapesp, aportaram recursos na pesquisa. A USP é a instituição brasileira que participou do levantamento, e um dos pesquisadores é Leandro Giatti, professor da Faculdade de Saúde Pública da universidade.
Ele explica que “apesar de os jovens não estarem no foco da preocupação da Covid por não serem um grupo de riscos para casos mais severos, eles têm formas de impacto muito diferenciados”. Então, os autores focaram nas dificuldades do acesso à educação, à alimentação saudável e ao lazer entre aqueles com 10 a 24 anos tendo em conta a pandemia de Covid-19. Dados do mundo inteiro foram levantados, e também houve enfoque nos três países principais do estudo.
Covid-19: vacina bivalente está disponível para públicos prioritários
A partir desta segunda-feira (21), todos os grupos prioritários já podem ser vacinados com a vacina bivalente contra a covid-19. Segundo orientação repassada na sexta-feira (17) pelo Ministério da Saúde, os estados e municípios devem começar a chamar as pessoas para se vacinar com a dose complementar.
O imunizante bivalente da Pfizer começou a ser aplicado no fim de fevereiro, dentro do Movimento Nacional pela Vacinação, lançado no último dia 27, nos idosos com mais de 70 anos, pessoas imunocomprometidas, funcionários e pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
De acordo com avaliações locais, a vacinação poderia avançar para os outros públicos prioritários, desde que os primeiros tivessem atingido uma boa cobertura. Até o momento, segundo o Ministério da Saúde, foram aplicadas mais de 4,1 milhões de doses de reforço com a vacina bivalente, disponível apenas para quem completou o ciclo básico com duas doses e recebeu os dois reforços iniciais há pelo menos 4 meses.