O secretário do Gabinete Civil de Parnamirim, Homero Grec, é um dos pré-candidatos à Prefeitura do município que querem contar com o apoio do prefeito Rosano Taveira. Assim como presidente da Câmara da cidade, Wolney França, diz que atende os critério já elencados pelo prefeito para apontar com quem subirá ao palanque neste ano, Homero diz estar dentro do perfil que Taveira procura. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Rádio Jovem Pan News Natal, na sexta-feira (12), o secretário disse que, caso não seja escolhido, vai caminhar junto e abraçar a escolha do prefeito, que tem outras cinco opções para a disputa do pleito. Homero também apresenta um cenário de crescimento em Parnamirim, com a execução de grandes obras para atrair mais investimentos e moradores para a cidade, fruto, segundo diz, de um modelo de trabalho do prefeito Taveira, aprovado pela população.
Qual balanço o senhor faz da gestão do prefeito Rosano Taveira em Parnamirim?
Homero: Todo um programa de metas foi, literalmente, cumprido. Principalmente no ano de 2023 e mais ainda será em 2024. Com o estilo do prefeito Taveira, de austeridade fiscal, de valorizar cada centavo nas despesas, foi possível Parnamirim ter, junto ao Tesouro Nacional, o Rating B e isso significou um aporte financeiro através de operação do Finisa com a Caixa Econômica Federal de R$ 100 milhões, dos R$ 400 milhões disponíveis. Junte-se a esse valor, diversas emendas parlamentares, de modo que Parnamirim se preparou para um aporte de investimentos da ordem de R$ 150 milhões. Foi criada uma equipe de projetos, uma comissão permanente de licitação específica para esses projetos, uma comissão orçamentista permanente para fazer a pesquisa mercadológica dos orçamentos, dissociada da secretaria de obras. Uma vez montada essa estrutura o que a gente vê são obras sendo concluídas, obras em início com licitação homologada e obras com licitação para esse ano.
O senhor é o candidato do grupo do prefeito Taveira?
Moramos em Parnamirim a 46 anos. Tenho inúmeros amigos, já fui vereador e secretário municipal de quatro prefeitos. Passei por seis pastas e conheço bem como funciona a máquina administrativa. O gabinete civil nos dá a visão do todo porque coordena e faz a política integrativa com demais secretarias. Sou motivado a trabalhar e, neste sentido, me dediquei para que o plano de metas fosse cumprido. O que percebemos é que se começou a fazer essa colocação do porquê eu não ser candidato. Conversamos em família e decidimos continuar trabalhando e de nos colocarmos como alternativa para o prefeito. Entendo que a minha formação de engenheiro e advogado e a forma como eu atuo, me encaixa plenamente nos critérios que o prefeito elencou que é, em primeiro lugar, lealdade e confiança. E como segundo critério, experiência e competência porque Parnamirim não pode retroagir. Ele, no momento oportuno, creio que no dia 14 de fevereiro, vai, dentre as seis alternativas que possui, definir qual o candidato que vai continuar com esse projeto.
Sendo preterido, apoiaria o candidato Wolney França?
Não há nenhum problema. Não somente o presidente da Câmara, mas qualquer um dos cinco, se vier a ser escolhido, levantarei o braço e caminharemos juntos para uma nova vitória em Parnamirim e para que Parnamirim possa cada vez mais avançar. Não terei nenhum tipo de problema se não vier a ser escolhido e se for escolhido, tenha certeza que vou procurar a todos para dialogar sempre no propósito de que Parnamirim se desenvolva e cresça. As pessoas me têm como alguém sério, fechado, que não sorri. Mas, pra mim, seriedade não foi, não é e nunca será defeito, transmite comprometimento, responsabilidade, zelo com o serviço público e é isso que balizei a minha vida toda. Não vou mudar o meu perfil, não serei uma pessoa fictícia e vou conversar com a população, levar ideias e propostas, caso seja escolhido.
Quais as principais obras dessa gestão?
Da ordem de 10 milhões estamos buscando resolver um problema de décadas do bairro de Santa Tereza e Rosa dos Ventos, que é a drenagem e pavimentação. Teremos até meados do ano a solução definitiva. Podemos falar da obra da Toca da Raposa que está com 97% de execução, em Nova Parnamirim. Acho que entregamos no início de fevereiro. Da ordem de R$ 10 milhões temos o complexo esportivo do centro da cidade, numa parceria com a base aérea, que nos cedeu uma área de 10 hectares em frente o Hospital Maternidade Divino Amor. Já está sendo instalado o canteiro de obras. O complexo vai formar atletas para o futuro, com quadras de areia e cimento, campo de futebol, pista de skate e bicicross, centro de formação de atletas, uma obra referência. Outra obra emblemática em Nova Parnamirim, que sofre problemas de mobilidade, é uma nova estrada, um novo corredor estruturante, saindo da Avenida Olavo Montenegro até a marginal da BR 101, sem passar pela Avenida Maria Lacerda ou Ayrton Sena. Porém, 1,4 km de extensão dessa avenida pertence a uma área militar e na próxima semana estaremos assinando a cessão dessa área. Serão duas pistas de rolamento de 7 metros, com canteiro central, calçadas…
Qual a previsão para a obra desta nova estrada iniciar?
Assinaremos na próxima semana a cessão de direito e uso com a Aeronáutica. Estamos com o projeto executivo dessa via verde e orçamento pronto de R$ 19,5 milhões. A expectativa é lançar o edital no inicio de fevereiro e a gente acredita que no mês de março teremos a empresa vencedora para a obra que deve ser de quatro a cinco meses.
Como está a proposta de municipalização da Avenida Maria Lacerda?
A secretaria de planejamento e finanças ficou à frente desse processo e idealizou uma série de intervenções com rotatórias, contra alagamento de vias, de forma que facilitasse o fluxo. Tivemos várias audiências inclusive com o governo do estado, DER, Detran. Os projetos estão concluídos em sua maioria. A gente pretende, em breve, começar as intervenções pontuais uma a uma que poderão ser feitas por módulo. Quando tiver 100% concluída, acreditamos que ainda em 2024, teremos uma Maria Lacerda totalmente desafogada.
Como a Prefeitura atua para amenizar os problemas de trânsito no acesso para o litoral?
Tivemos reuniões onde foram tomadas várias medidas que começaram com placas de sinalização proibindo estacionar na Avenida Márcio Marinho, meio-fios pintados de amarelo. Chamamos os proprietários dos restaurantes, que são parceiros, e anunciamos medidas como a proibição de estacionamento de ônibus para deslocamento de bandas. Decidimos por colocação de grade na calçada dos estabelecimentos que aglomeram pessoas e uma base móvel da secretaria de trânsito, além da proibição de aglomeração na pista de rolamento. Outros estabelecimentos estão procurando áreas para fazer seus estacionamentos. Com isso, a gente acredita que consegue minimizar o problema.
Quais as principais mudanças nas discussões em torno do Plano Diretor de Parnamirim?
É um plano que ainda está na sua vigência, pois vence no final de 2024. Já é um Plano moderno, tanto que fez com que houvesse um grande crescimento em Parnamirim de 6% a 7% por ano. Natal tem hoje um Plano Diretor moderno e é óbvio que Parnamirim tem que acompanhar isso e verificar em quais pontos pode ser melhorado. Foi concluído o processo de abertura para licitar empresa que vai tocar essa revisão. A gente espera até fevereiro começar as discussões com essa empresa e, no decorrer do ano, fruto de várias audiências e discussões com setores envolvidos, quais pontos podem ser revisados para melhor.
Quais os campos de investimentos com esse novo plano?
Pensamos ainda com o Plano diretor antigo para destinar os R$ 140 milhões. São várias intervenções de pavimentação, asfalto, de mobilidade. Criamos novo corredor no bairro Passagem de Areia para a BR 304 e já está em plena execução com cerca de 40%, formando um cinturão da 304 para 101, indo a Avenida Olavo Montenegro. Parnamirim cresce nesses corredores. A via Verde vai levar de 15 mil a 20 mil novos habitantes para Parnamirim. Existem grandes áreas a serem ocupadas e o Plano Diretor vai permitir investimentos nessas novas intervenções. O Plano Diretor virá para atrair novos investimentos.
Tribuna do Norte