Javier Milei (La Libertad Avanza), de 53 anos, economista, foi eleito presidente da Argentina ao vencer Sergio Massa (Unión por la Patria), ministro da Economia, 51 anos, no segundo turno das eleições presidenciais no domingo, 19.
Lula, presidente brasileiro, e Bolsonaro, ex-presidente, se manifestaram nas redes sociais após a confirmação dos resultados eleitorais, cada um expressando sua perspectiva.
Durante o pleito na Argentina, o PT e outros partidos de esquerda apoiaram Massa, enquanto o bolsonarismo e deputados de direita manifestaram apoio a Milei.
Lula parabenizou o novo governo argentino, sem mencionar Milei, reafirmando o interesse do Brasil em colaborar com a Argentina. Descartou ir a Buenos Aires para a posse do novo presidente em 10 de dezembro e não pretende fazer uma ligação telefônica cumprimentando Milei pela vitória.
“Democracia é a voz do povo e deve ser sempre respeitada. Parabéns às instituições argentinas pela condução do processo eleitoral e ao povo argentino que participou da jornada eleitoral de maneira ordeira e pacífica. Desejo sucesso ao novo governo. A Argentina é um grande país e merece respeito. O Brasil estará à disposição para colaborar com nossos irmãos argentinos”, afirmou Lula.
Bolsonaro felicitou Milei, afirmando que a esperança retorna à América do Sul. Ele planeja comparecer à posse do novo presidente, caso seja convidado. A assessoria do ex-presidente informou que Eduardo Bolsonaro, deputado federal e seu filho, tem planos de ir à cerimônia.
“Parabéns ao povo argentino pela vitória com Javier Milei. A esperança volta a brilhar na América do Sul. Que esses bons ventos alcancem os Estados Unidos e o Brasil, para que a honestidade, o progresso e a liberdade voltem para todos nós”, declarou Bolsonaro.
No Planalto, a notícia da vitória de Milei foi recebida com surpresa e desânimo. Esperava-se que Massa superasse Milei por uma pequena margem de votos. A ordem geral entre os conselheiros de Lula em política externa é não responder a eventuais críticas ou insultos de Milei ao petista. O brasileiro já foi chamado de “comunista” e “corrupto” pelo presidente eleito da Argentina. Segundo um interlocutor de Lula, a orientação é “não cair em provocações”, enquanto buscam construir pontes. Um assessor experiente, que preferiu não fazer declarações públicas, afirmou apenas: “A América do Sul se tornará uma região mais complexa”.
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