Na entrevista publicada ontem pela Folha de S.Paulo, Janja verbalizou de forma explícita o desejo que há anos é sugerido nos bastidores: o governo Lula quer importar o modelo chinês de regulação das redes sociais.

A primeira-dama afirmou que, no país asiático, “se não seguir a regra, tem prisão” e questionou: “Por que é tão difícil a gente falar disso aqui?”. A frase, dita sem rodeios, é mais do que uma opinião pessoal, é a admissão de um projeto político que está em curso. Durante anos, o petismo disse que seu modelo de regulação das redes era o inglês.

“A diferença entre democracia e ditadura não está apenas na existência de eleições. Está na liberdade de cada cidadão de falar, pensar, discordar e ser ouvido. Quando essa liberdade é substituída por algoritmos estatais, pontos sociais e censura preventiva, o que se tem é um sistema de controle total”.

A China não tem apenas uma regulação severa sobre conteúdos e plataformas. Tem um sistema de vigilância e punição social baseado em pontos, como se fosse um videogame macabro. Milhões de chineses são impedidos de viajar, matricular os filhos em boas escolas, conseguir empregos ou mesmo usar o transporte público por terem dito algo “errado” na internet. E não apenas eles. Suas famílias também sofrem consequências, mesmo que concordem com o governo. É esse modelo que a primeira-dama quer trazer para cá.

Gazeta do Povo

Neuropsicopedagoga Janaina Fernandes