A inflação voltou a ficar dentro do intervalo permitido pela meta depois de 3 anos. Fechou 2023 em 4,62%. A última vez que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) esteve dentro dos limites permitidos foi em 2020, quando marcou 4,52%.
A meta de inflação é definida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), que é composto pelo presidente do BC (Banco Central), Roberto Campos Neto, e os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
É responsabilidade do Banco Central controlar a inflação. Portanto, quando a taxa fica fora do intervalo permitido, a autoridade monetária precisa enviar uma carta pública ao Ministério da Fazenda com as explicações. Sob Campos Neto, o BC divulgou duas: em 2021 e em 2022.
O centro da meta tem caído progressivamente desde 2018, quando era de 4,5%. Recua anualmente 0,25 ponto percentual.
O atual presidente do BC foi o 5º chefe da autoridade monetária brasileira a ter que dar explicações para o descumprimento da meta de inflação. Armínio Fraga, Henrique Meirelles, Alexandre Tombini e Ilan Goldfajn também tiveram que encaminhar um documento ao Ministério da Economia com as justificativas.
Os limites estabelecidos para as metas de inflação já foram rompidos em outras 5 ocasiões. Eis as cartas já feitas:
O regime de metas de inflação foi criado em 1999 no país. A autoridade monetária adota as medidas necessárias para alcançar o índice determinado, como alterar a taxa básica de juros, a Selic. A meta tem um intervalo de tolerância, atualmente de 1,5 ponto percentual. Acesse aqui o histórico.
Poder360