O dólar disparou nesta sexta-feira (28) e encerrou o dia cotado a R$ 5,916. A alta de 1,5% refletiu as reações do mercado à discussão pública entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e a nomeação de Gleisi Hoffmann para a Secretaria de Relações Institucionais do Governo Lula.

Esse foi o maior fechamento desde 24 de janeiro, quando o câmbio atingiu R$ 5,918.

A semana não foi positivo para o real, que sofreu forte desvalorização em relação à moeda americana. O dólar acumulou alta de 3,25% nos últimos dias.

No acumulado do mês, a valorização da moeda norte-americana foi de 1,39%.

DISCUSSÃO NA CASA BRANCA

No cenário internacional, um dos assuntos que movimentaram os mercados foi o embate Trump e Volodymyr Zelensky, na Casa Branca. Em conversa transmitida ao vivo, os dois trocaram críticas e expuseram divergências sobre a guerra na Ucrânia e o apoio norte-americano ao país europeu.

“Você está apostando a vida de milhões de pessoas. Está brincando com a Terceira Guerra Mundial. O que você está fazendo é extremamente desrespeitoso com este país, que te apoiou muito mais do que muitos achavam que deveria”, disse Trump.

GLEISI NO PLANALTO

A escolha, oficializada pelo presidente Lula (PT), gerou incertezas entre investidores, que veem o nome da atual presidente do PT como um possível indicativo de maior interferência política na articulação econômica do governo.

A pasta, que estava sendo disputada por outros nomes do PT e figuras do Centrão, é responsável pela articulação do Executivo com o Congresso Nacional.

Padilha, que estava no comando das articulações desde o início do terceiro mandato de Lula, deixa a pasta para assumir o Ministério da Saúde no lugar de Nísia Trindade, demitida por Lula na última terça-feira (25).

A posse de Gleisi está prevista para acontecer em 10 de março.

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