Sem poder contar com o preferido Carlo Ancellotti, Ednaldo Rodrigues está de volta ao comando da CBF e pontuou como prioridade a definição de um novo treinador para a Seleção Brasileira. A primeira decisão foi logo acabar com o período de interinidade de Fernando Diniz à frente da equipe nacional, mas sinaliza que deseja continuar realizando experiências ao se inclinar para efetuar a dupla formada por Dorival Júnior e o ex-lateral do Flamengo Filipe Luís.
Na busca de recuperar o tempo perdido no aguardo da resposta do treinador italiano, que preferiu prolongar o vínculo com o Real Madrid, Rodrugues anunciou a demissão de Fernando Diniz, um dia após ser reconduzido ao cargo por uma decisão liminar do Supremo Tribunal Federal (STF).
No planejamento inicial, enquanto ocorria o “namoro” com Ancellotti, o treinador do Fluminense ainda comandaria a Seleção nos dois amistosos de março: Inglaterra e Espanha. Mas com a modificação repentina dos planos, esses dois confrontos devem marcar o início de um novo ciclo para equipe brasileira, cujo prestígio vem despencando com a série de insucessos registrados ao longo dos últimos 22 anos.
O Estadão apurou que ainda não houve, porém, convite a Dorival, que tem contrato com o clube paulista até o fim do ano. O treinador e o São Paulo não receberam proposta, nem há conversas por enquanto. Seu estafe evita comentar “especulações”. Por ora, trata-se de um desejo de Ednaldo, que também precisa definir quem será o coordenador de seleções. O cargo está vago desde a saída de Juninho Paulista. Um outro ex-jogador, Filipe Luís, recém-aposentado, é um dos preferidos do dirigente.
O ex-lateral do Flamengo, que se aposentou dos gramados no ano passado, é amigo de Dorival, com quem trabalhou no time rubro-negro, e poderia ser coordenador ou um dos membros da comissão técnica. O interesse de Ednaldo em Dorival e Filipe Luís foi inicialmente divulgado pela Veja.
RETORNO
Ednaldo Rodrigues foi reconduzido à presidência da CBF por decisão de Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), depois dos pareceres favoráveis da Procuradoria-Geral da República (PGR) e a Advocacia-Geral da União (AGU) à suspensão da decisão judicial que havia afastado Ednaldo do cargo. Foi determinado o retorno imediato do cartola ao posto.
A decisão é provisória e vale até o STF decidir sobre a validade do acordo fechado entre a CBF e o Ministério Público do Rio para reformar o estatuto da confederação. Em sua decisão, Gilmar Mendes justificou que a deposição do dirigente poderia acarretar na seleção brasileira fora dos Jogos Olímpicos de Paris.
Tribuna do Norte