Por que várias pedras surgiram na Praia de Ponta Negra? Especialista explica
Surgimento das pedras foram percebidos por banhistas. Foto: Reprodução
O aparecimento de várias pedras em alguns trechos da Praia de Ponta Negra surpreendeu banhistas e visitantes do ponto turístico nesta semana. Uma imagem publicada nas redes sociais mostra um dos pontos repletos de sedimentos, os quais apresentam uma cor mais escura que a areia. Apesar da surpresa entre a população, o fênomeno é causado por fatores comuns. De acordo com geólogo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Ricardo Farias, o surgimento das pedras, chamadas tecnicamente de rochas pelos especialistas, é causado pelo movimento da maré e também pela intensidade do vento.
“A areia da praia, que está misturada a essas rochas, é mais fina. Quando ocorre alguma maré mais alta ou ventos mais fortes, essa camada mais fina é deslocada, saindo da frente da praia e ficando mais próxima do mar. Os grãos mais grossos ficam, o que nos passa a impressão de que a areia de materia grosso aumentou, mas ele apenas está em evidência, porque a camada fina saiu. Quando as marés baixarem e o vento diminuir, a tendência é que a parte fina volte para o seu ponto original e encubra as mais grossas. Essa é a dinâmica da praia”, explicou. Entre a quinta-feira (17) e a segunda-feira (21), a região costeira de Natal registrou altas marés, acima de 2 metros.
Brasil acumula prejuízo de R$ 792,7 bi com desastres ambientais
Foto: Divulgação/ Centro de Operações da Prefeitura do Rio
O Brasil acumula um prejuízo de R$ 792,7 bilhões decorrentes de desastres ambientais no período de 1991 a 2023. Os dados são de um estudo da Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais), que também mostra que as ocorrências aumentaram 140% de 2015 até o ano passado.
Apesar do país ter uma posição geográfica favorável no que diz respeito a desastres ambientais como furações, terremotos e tsunamis, isso não exclui o Brasil da ocorrência de outros tipos de desastres. O levantamento da Fiemg identificou que o país acumula principalmente catástrofes climatológicas, meteorológicas e hidrológicas. Leia abaixo a definição de cada uma segundo o Cobrade (Classificação e Codificação Brasileira de Desastres):
Boletim da Balneabilidade aponta que todas as praias da Grande Natal estão próprias para banho
Foto: Divulgação/Prefeitura do Natal
O Boletim da Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte n.º 37 de 2024, emitido nesta sexta-feira (13), informa que 31 trechos analisados estão próprios para banho e 2 trechos encontram-se impróprios. Os pontos identificados como impróprios são: Rio Pirangi (Ponte Nova) e Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim.
Foram coletadas e classificadas 33 amostras de água em pontos distribuídos na faixa costeira dos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.
Amazônia lidera emissão global de gases de efeito estufa nos últimos 5 dias, com seca extrema e fogo
Foto: Cristiano Mariz
Em meio ao cenário de seca extrema e queimadas no Norte do país, dados do Copernicus, o programa de observação da Terra da União Europeia, indicam que o Sudoeste da Amazônia foi a região que mais emitiu gases de efeito estufa no planeta nos últimos cinco dias, segundo Lucas Ferrante, doutor em biologia e pesquisador da USP e da Universidade Federal do Amazonas.
A conclusão é baseada no volume de aerossóis e de monóxido de carbono captado nessa área de emissão. Esses gases são associados aos que causam o efeito estufa na atmosfera, como o dióxido de carbono, que também é liberado nos incêndios.
Amazonas tem seca antecipada e recorde de queimadas em agosto; cidades estão em emergência e comunidades podem ficar isoladas
O Amazonas vive um cenário ambiental crítico devido à combinação de seca dos rios e queimadas. Segundo dados divulgados pelo governo estadual em agosto, a seca já afeta quase 290 mil pessoas. Cidades têm dificuldades de receber insumos, há aumento no preço de produtos e comunidades indígenas e ribeirinhas podem ficar isoladas.
Além disso, as queimadas têm registrado recordes no estado, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). No sábado (24), eram 7 mil focos registrados no mês, superando os dados de agosto de 2023.
Neste ano, segundo previsões do governo estadual, o Amazonas pode enfrentar uma seca intensa semelhante ou até pior do que a de 2023, a mais severa registrada na história do estado. Atualmente, 20 dos 62 municípios estão em situação de emergência.
Como desnutrição, toxinas na água e agrotóxicos criaram ‘bolsões de microcefalia’ no Brasil
A biomédica Patrícia Garcez se encaixa na rara categoria de pessoas que estavam no lugar certo, na hora certa.
Durante sua formação acadêmica, realizada em grande parte na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), ela decidiu entender a fundo uma malformação que até então era muito rara e pouco conhecida: a microcefalia, marcada pelo desenvolvimento inadequado do cérebro durante a gestação.
“Lembro de conversar com uma amiga que trabalha com marketing e, ao explicar o que eu pesquisava, ela me perguntou: ‘Por que você estuda isso, se é algo tão raro? Não seria melhor focar em algo que seja mais comum e que afeta mais pessoas?’”, lembra Garcez.
OVNs ajudam helicópteros do Exército em resgates aéreos na madrugada no Rio Grande do Sul
Os trabalho de assistência e resgate realizados pela Aviação do Exército Brasileiro (AvEx) no Rio Grande do Sul seguem pela madrugada. Com a utilização de equipamentos de alta tecnologia, a tripulação consegue ter a visibilidade necessária e adequada ao voo. Os óculos de visão noturna (OVNs) funcionam como intensificadores da luz, permitindo que os militares operem com iluminação ambiente reduzida.
Pequenos, mas fundamentais para garantir condições adequadas de voo em terrenos de difícil acesso e de pouquíssima visibilidade, os equipamentos de visão noturna garantem o sucesso das missões de resgates e de transporte de medicamentos, água e alimentos da Operação Taquari 2.
O Exército Brasileiro tem nove helicópteros atuando no estado do Rio Grande do Sul. São aeronaves dos modelos Pantera K2; HA-1 Fennec; HM-3 Cougar e HM-4 Jaguar.
Casos de dengue crescem 20% e Sesap emite alerta para epidemia
Os casos confirmados de dengue no Rio Grande do Norte cresceram 20,36% nas últimas seis semanas epidemiológicas de 2023 em relação ao mesmo período do ano anterior, o que fez com que a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), emitisse uma nota informativa para alertar sobre o cenário no Estado em 2024.
Conforme os dados da pasta, nas últimas semanas de 2022 foram confirmados 604 casos da doença. No mesmo recorte de 2023, o quantitativo subiu para 727. O Ministério da Saúde prevê o início da vacinação contra a doença no próximo mês, mas ainda não existem estratégias definidas para a imunização.
Se comparado o recorte do ano inteiro, 2023 apresentou redução no número de casos confirmados e óbitos em relação a 2022: foram 2.430 confirmações e três mortes no ano contra mais de 12 mil casos confirmados e 21 óbitos nos 12 meses anteriores. De acordo com a Sesap, no entanto, o crescimento dos casos nos últimos meses preocupa. As análises epidemiológicas da pasta, conforme a Secretaria, apontam para a possibilidade da saúde pública enfrentar um crescimento substancial dos casos de arboviroses, em especial da dengue.
Crimes contra flora dobram na Amazônia de janeiro a dezembro de 2023, diz Ibama
Foto: Bruno Kelly/Ibama
Na Amazônia, de janeiro a dezembro de 2023, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) registrou o aumento de 106% de infração por crimes contra a flora, na comparação com a média de 2019 a 2022. As infrações são aplicadas quando a ação pode causar poluição de qualquer natureza e pode gerar danos à saúde humana ou de animais. A pena pode levar à prisão de até quatro anos, além do pagamento de multa.
Os dados do instituto também mostram que embargos ambientais cresceram 64% no período. A medida é adotada para interromper atividades que causem danos ao meio ambiente ou que estejam em desacordo com as leis e normas ambientais.
Boletim de Balneabilidade aponta seis trechos impróprios para banho na Grande Natal
Rio Pium, em Parnamirim, foi considerado impróprio para banho / Foto: Divulgação
O Boletim da Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, emitido nessa sexta-feira (12), apontou seis trechos impróprios para banho.
Os pontos identificados são:
Metodologia com IA identifica focos de incêndio com antecedência
Metodologia desenvolvida pelo professor e pesquisador Fábio Teodoro de Souza, do Programa de Pós-Graduação em Gestão Urbana da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), com uso de inteligência artificial (IA), identifica focos de incêndio com 12 horas de antecedência e 85% de acerto. A metodologia está disponível desde 2015, com testes efetuados no Parque Nacional Chapada das Mesas, no Maranhão, e pode ser aplicada em qualquer local do país. Ela considerou dados de focos de incêndios monitorados por satélites do Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e dados meteorológicos da rede automática do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Mudanças climáticas e práticas de manejo destrutivas provocam incêndios florestais que, ao longo dos últimos anos, têm se tornado cada vez mais comuns. Queimadas significativas foram registrados em semanas recentes no Canadá e em países europeus como Grécia, Itália e Espanha. Mas muitos desses focos podem ser previstos com a ajuda da tecnologia.
Recorde negativo de gelo marinho na Antártida pode potencializar eventos climáticos extremos
Os sucessivos recordes negativos de gelo marinho na Antártida em 2023 reforçaram o alerta de pesquisadores sobre os efeitos dessas diminuições na circulação atmosférica e na formação de ciclones e chuva.
Entre as consequências possíveis estão a mudança de posição e intensidade dos ciclones, que provocam chuvas como as que atingiram o Rio Grande do Sul recentemente. Ainda, se a tendência de águas mais quentes diminuir a formação de gelo marinho, o impacto vai chegar à cadeia alimentar, com efeitos indiretos em animais de grande porte, como as baleias.
Embora não seja possível dizer qual é a parte que cabe às mudanças climáticas no degelo marinho, especialistas apontam que o aquecimento global têm participação na mudança do cenário.