Um estudo da PwC mostrou que os CEOs de empresas de mais de 100 países avaliam o Brasil com menos relevância no cenário global. Passou de 10º para o 14º no ranking de importância para os executivos.
A pesquisa CEO Survey foi realizada com mais de 4.700 “líderes empresariais”. O levantamento mostra anualmente quais são os países mais citados pelos CEOs como fontes de crescimento para suas empresas. O Brasil estava entre os 10 mais citados nas últimas 10 edições, desde 2014. Eis a íntegra (PDF – 7 MB).
O país perdeu 4 posições em 1 ano. Foi o maior recuo anual dos últimos 10 levantamentos. A última vez que houve queda semelhante foi de 2019 para 2020, quando passou de 6º para 9º. Antes de 2024, o Brasil estava por 2 anos consecutivos em 10º colocado.
Em 2014, 12% dos executivos citavam o Brasil como importante no mercado estratégico. Passou a ser de 3% em 2024.
Segundo o relatório, outros países mais citados tiveram redução de importância no ranking. O principal deles foram os Estados Unidos, que tiveram queda de 11 p.p (pontos percentuais), mas ainda são líderes no levantamento. China, Alemanha, Reino Unido, Índia e Austrália também perderam relevância.
O sócio-presidente da PwC Brasil, Marco Castro, afirmou que parte expressiva do mundo está em conflito ou “na sua iminência”. Para Castro, mesmo com a saída do Brasil do top 10, o país está “dentro de um grupo privilegiado para atração de investimentos”. Citou os motivos: “Sem conflitos, com perspectivas econômicas mais positivas, com upsides [vantagens, em tradução livre] importantes e oportunidades”.
O relatório da PwC mostrou que os brasileiros estão mais otimistas com o crescimento econômico do que a média global. Enquanto 55% dos CEOs brasileiros disseram que haverá aceleração no PIB (Produto Interno Bruto) nacional em 12 meses, os executivos das corporações internacionais foram menos confiantes.
A média global é de 44% para aceleração do crescimento econômico do próprio país. Ou seja, cada respondente tratou sobre a nação em que a empresa reside.
Sobre o crescimento econômico global, a pesquisa mostrou que 36% dos CEOs acreditam em melhora do PIB nos próximos 12 meses. O índice é menor, mas semelhante ao de líderes globais (38%).
As principais ameaças são a inflação e a instabilidade macroeconômica, segundo os executivos mundiais.
Segundo a PwC, 45% dos executivos mundiais responderam que têm medo de sua empresa não serem viáveis por mais de uma década. No Brasil, o percentual é de 41%.
Poder360