O comércio potiguar deve registrar forte movimentação no Dia das Mães deste ano. Segundo levantamento do Instituto Fecomércio RN (IFC), a data pode injetar até R$ 589 milhões na economia do estado, somando gastos com presentes e celebrações familiares.
Em Natal, a expectativa é de R$ 195,9 milhões circulando no comércio, um crescimento de 12,1% em relação a 2024. Em Mossoró, o aumento previsto é de 12,8%, com R$ 37,9 milhões em movimentação.
A pesquisa aponta que 76,2% dos consumidores natalenses pretendem comprar presentes, com gasto médio de R$ 177,01. Pela primeira vez, o motivo mais citado para presentear foi o carinho (65,1%), superando a tradição (33,5%). Os shoppings seguem como principal destino de compras (47,9%), seguidos pelo comércio de rua (34,3%) e internet (15,1%). O cartão de crédito lidera os meios de pagamento (45,9%), à frente de Pix e dinheiro (43,9%).
A comemoração também movimenta o setor de alimentação. Em Natal, 60,5% pretendem celebrar com almoço em família, principalmente em casa (32,9%) ou na casa de parentes (15,2%). O gasto médio com a comemoração subiu para R$ 198,93. Apesar da expectativa de preços mais altos para 79,5% dos entrevistados, 40,5% disseram estar em melhor situação financeira que no ano passado.
Em Mossoró, 69,2% dos consumidores vão presentear — o maior índice desde 2021. O afeto é o principal motivo para as compras (63,4%). O gasto médio será de R$ 157,37, mas 40,8% pretendem gastar até R$ 100 por item. O comércio de rua lidera as vendas (51,1%), à frente dos shoppings (36,9%). O cartão de crédito é usado por 56,9% dos consumidores.
A comemoração em restaurantes também cresceu em Mossoró: 17,2% devem celebrar fora de casa, o maior número desde 2019. O gasto médio será de R$ 152,54. Mesmo com a percepção de aumento nos preços (83,5%), 72,1% estão confiantes na economia local.
“O comportamento do consumidor natalense está em linha com outras capitais do Nordeste: aumento do ticket médio, otimismo e adesão ao digital, apesar dos desafios como endividamento e alta de preços”, avaliou Marcelo Queiroz, presidente da Fecomércio RN.
O levantamento foi feito entre abril e maio de 2025, com 1.000 entrevistas presenciais com pessoas a partir de 18 anos, considerando gênero, idade e renda.
