A Câmara Municipal de Ouro Branco aprovou o Projeto de Resolução nº 001/2025, de autoria do vereador Paulo Dantas, que cria o Título Honorífico “Algodão Mocó”, uma comenda destinada a homenagear agricultores e agricultoras do município que se destacam por sua contribuição ao desenvolvimento rural e à preservação da identidade produtiva de Ouro Branco.

A entrega da honraria será feita anualmente durante a Festa da Colheita, tradicional celebração do município dedicada à valorização do trabalho no campo. Cada vereador poderá indicar, por legislatura, até cinco agricultores ou agricultoras para receberem a homenagem, que será composta por comenda simbólica e certificado oficial. A concessão dependerá de aprovação por dois terços dos membros da Câmara, conforme estabelece a Lei Orgânica do Município.

De acordo com o vereador Paulo Dantas, idealizador do projeto, o objetivo é reconhecer publicamente os homens e mulheres do campo que, com esforço, persistência e dignidade, contribuem diariamente para o crescimento do município. “Essa iniciativa nasceu da escuta da população e da necessidade de valorizar aqueles que, muitas vezes de forma silenciosa, constroem a história de nossa cidade”, afirmou o parlamentar.

O nome do título — Algodão Mocó — foi escolhido em homenagem à variedade de algodão cultivada historicamente na região do Seridó, que marcou época na economia local e se tornou símbolo de resistência, identidade e memória coletiva.

A proposta nasceu durante a cerimônia de entrega dos títulos de cidadão, em que um jovem chamado Giliard representou sua mãe, já falecida, e recebeu a homenagem em seu nome. Ao se dirigir ao plenário para seu discurso, Giliard fez uma fala comovente e aproveitou o momento para sugerir a criação de um título honorífico dedicado aos agricultores e agricultoras, como forma de reconhecer a importância desses trabalhadores para a comunidade. “Essa ideia foi do Giliard, um jovem que acreditava na valorização dos mais simples. E nós, como representantes do povo, temos o dever de escutar essas vozes e transformá-las em ações concretas”, declarou.

O parecer jurídico-legislativo reconheceu que o projeto está em conformidade com a Constituição Federal, a Lei Orgânica do Município e o Regimento Interno da Câmara. Trata-se de matéria de natureza político-administrativa, que não gera despesas públicas indevidas e respeita plenamente a separação dos poderes.

A proposta do vereador Paulo Dantas reforça o papel do Legislativo como promotor da cultura, da cidadania e do reconhecimento à contribuição dos agricultores para a identidade rural de Ouro Branco. A regulamentação dos critérios complementares para a escolha dos homenageados será definida por ato da Mesa Diretora.

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