Paris se despede dos atletas paralímpicos neste domingo (8) com a festa de encerramento dos Jogos 2024. A capital francesa passa o bastão, na cerimônia marcada para as 15h30 (horário de Brasília), para Los Angeles, local da próxima disputa. Antes da festa, no entento, tem potiguar brigando por medalha. Na canoagem, Adriana Azevedo participa da prova dos 200m Caiaque KL1.

Adriana Azevedo é mãe, avó, dona de casa, bicampeã brasileira de paracanoagem representou o Brasil pela primeira vez nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e agora chega para a sua segunda paralimpíada. O caminho da atleta do Rio Grande do Norte foi árduo. Adriana teve poliomielite aos 11 meses de vida e com dois anos começou a nadar. Foi atleta da natação até 2016, quando resolveu mudar de esporte.

“Aos 18 comecei a minha trajetória no esporte como atleta de natação. Comecei a perder rendimento e aos 32 anos recebi o diagnóstico de Síndrome Pós-Poliomielite, algo que causa degeneração muscular” explicou a canoísta. “Na natação, fui campeã brasileira, campeã mundial e vice-campeã pan-americana. Tudo isso até 2016, quando competi pela última vez na modalidade, e iniciei minha transição para a paracanoagem. Para mim, foi um novo estímulo para continuar no esporte”.

Dona de mais de duzentas medalhas em mais de duas décadas de natação paralímpica, Adriana Azevdo teve uma rápida ascensão na canoagem. A atleta começou a competir na nova modalidade no primeiro semestre de 2016, quando tentou uma das últimas vagas para a Paralimpíada do Rio, mas não conseguiu. A canoagem tornou possível a realização de um sonho que não havia realizado na natação: Representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos por duas vezes.

“Tudo mudou quando transformei esse sonho em meta. Assumi esse compromisso quando migrei da natação para a paracanoagem. Então a minha convocação a Tóquio me ensinou que persistência é o caminho para sucesso” revelou a atleta em uma matéria.

Propulsor

A atleta fez de seu diagnóstico o propulsor de sua trajetória esportiva e recebeu mais um diagnóstico médico que poderia ter mudado seu destino. Benício, seu filho caçula está dentro do espectro autista. “Muita gente achou que teria que parar de treinar e competir por causa do diagnóstico dele. Muito pelo contrário, isso me deu ainda mais motivação para continuar. Meu filho sempre estará comigo, me dando força e não me fazendo parar. Diagnóstico não é destino”.
Neste domingo, Adriana Azevedo se prepara para tentar uma vaga na final e quem sabe um pódio paralímpico, nos Jogos de Paris/França 2024.

Encerramento

A cerimônia de encerramento com grandes nomes da música eletrônica francesa no Stade de France no domingo (8). Com um formato de quase três horas, a cerimônia terá início 15h30 em Brasília e incluirá discursos e a passagem simbólica do bastão para Los Angeles, sede da edição de 2028.

O Stade de France, em Saint-Denis (periferia a norte de Paris), se transformará em uma grande pista de dança ao ritmo da música eletrônica com o tema “Paris é uma festa”, mas ainda sem a divulgação da programação completa, que incluirá uma “surpresa’.

Ao todo, 24 DJs de diferentes gerações e subgêneros da cena francesa foram anunciados, incluindo Kavinsky (que esteve presente na cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos), Pedro Winter (conhecido como Busy P, ex-empresário do Daft Punk) ou os hitmakers Martin Solveig (“All Stars”, “Hello”), The Avener (“Fade out Lines”), Cassius, Etienne de Crecy.

Tribuna do Norte

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