Fachada do Palácio Itamaraty

A AMDB (Associação de Mulheres Diplomatas do Brasil) disse que o Ministério das Relações Exteriores desqualifica “reiteradamente a competência das mulheres diplomatas” ao “recusar-se a seguir a orientação do governo federal no sentido de conduzir mais mulheres à gestão do Estado”.

Em nota publicada na 4ª feira (17.jan.2024) a associação afirmou que a “indignação” se mistura “à revolta e ao desânimo” diante da lista de nomes incluídos “nos mecanismos internos de promoção” do Itamaraty. “Em um total de 64 nomes, irrisórios 18,75% de mulheres”, lê-se no texto (íntegra – PDF – 84 kB).

Segundo a AMDB, a lista “sumariamente exclui as mulheres diplomatas, especialmente aquelas na parte inicial da carreira”. A entidade disse que trouxe o assunto à tona na expectativa de que, “fora das nebulosas reuniões da cúpula do Itamaraty em que a presença masculina segue sendo a norma”, as mulheres diplomatas possam “encontrar o apoio da sociedade” e de outras instâncias do governo federal.

Ao desqualificar reiteradamente a competência das mulheres diplomatas e, dessa forma, recusar-se a seguir a orientação do governo federal no sentido de conduzir mais mulheres à gestão do estado, a chefia do Itamaraty reafirma sua tradição pela formação de uma elite masculina e branca”, finaliza a nota.

O Poder360 entrou em contato por e-mail com o Ministério das Relações Exteriores, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço segue aberto para manifestações.

Poder360

Neuropsicopedagoga Janaina Fernandes