Ministra Anielle Franco

A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco disse estar acompanhando os efeitos das fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro desde a noite de sábado (13.jan.2024) até a manhã de domingo (14.jan).

Anielle também disse que as “iminentes tragédias” decorrentes do temporal– que até a tarde de domingo matou 11 pessoas– são fruto dos “efeitos de racismo ambiental e climático”.

O comentário da ministra repercutiu nas redes sociais. Dentre as pessoas que comentaram o termo está o advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten.

Alguém me explica o que é ‘racismo ambiental e climático’? É da mesma série do racismo dos estádios em final de campeonato?”, em referência ao episódio de comentários de uma assessora do órgão na final da Copa do Brasil.

Myanna Lahsen, antropóloga e pesquisadora da Divisão de Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) disse ao Poder360 que o termo se refere à relação entre o espaço e a vulnerabilidade em caso de desastres naturais. 

Significa que quem está mais exposto aos riscos de fenômenos naturais são pessoas pobres –que são majoritariamente pretas e pardas– que moram em locais mais vulneráveis e sem infraestrutura para se proteger contra os elementos como enchentes e deslizamentos.

Para a pesquisadora, as mudanças climáticas e os eventos extremos resultantes da atividade humana devem ficar mais intensos. “As tendências para esses eventos aumentaram com as mudanças climáticas. Junta isso à desigualdade pré-existente e quem paga a conta com a vida e as perdas são as pessoas que menos aguentam- as mais pobres”.

Poder360

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