O Ibovespa lutou para reter a linha dos 132 mil pontos, em sessão na qual manteve margem de variação estreita do início ao meio da tarde, bem perto da estabilidade. Ao fim, mostrava leve alta de 0,31%, aos 132.426,54 pontos, entre mínima de 131.014,77 e máxima de 132.498,05 pontos nesta segunda-feira (8) de giro a R$ 19,9 bilhões. Em janeiro, o Ibovespa acumula até aqui perda de 1,31%.
Do meio para o fim da tarde, o Ibovespa se firmou em alta na sessão, acompanhando a acentuação de ganhos em Nova York, com destaque para o setor de tecnologia, que levou o Nasdaq a avançar 2,20% nesta segunda-feira. A abertura da semana foi marcada por forte correção nos preços do petróleo, com o Brent em queda de 3,35% e o WTI, de 4,12%, na sessão. Assim, Petrobras (ON -1,86%; PN -0,75%, esta na máxima do dia no fechamento) pesou sobre o Ibovespa desde cedo, em dia negativo para outra gigante, Vale (ON -0,51%), que também moderou perdas em direção ao encerramento.
A sessão foi desfavorável às ações de grandes bancos, à exceção de BB (ON +0,86%). Na ponta ganhadora do Ibovespa, Azul (+7,66%), Casas Bahia (+6,73%) e Magazine Luiza (+6,09%), entre outras ações ligadas ao ciclo doméstico, como Dexco (+5,76%) e Arezzo (+5,44%). No lado oposto, além de Petrobras, destaque para São Martinho (-1,83%), CSN Mineração (-1,40%) e RaiaDrogasil (-1,12%).
Dólar
O mercado de câmbio doméstico iniciou a semana em ritmo lento e com pouco apetite por negócios. Em um pregão morno, o dólar à vista encerrou em baixa de 0,04%, cotado a R$ 4,8702, com oscilações de pouco mais de três centavos entre a mínima (R$ 4,8643) e a máxima (R$ 4,9008). Lá fora, o dólar recuou na comparação com seus pares, como o euro, e apresentou comportamento sem direção única em relação a divisas emergentes e de países exportadores de commodities, em dia marcado por tombo de mais de 4% das cotações do petróleo, após a Arábia Saudita anunciar redução de preços.
Com a agenda doméstica esvaziada e na expectativa por números de inflação aqui e nos EUA nesta semana, investidores adotaram uma postura mais cautelosa, evitando apostas mais firmes. Principal termômetro do apetite por negócios, o contrato de dólar futuro para fevereiro recuou 0,18%, aos R$ 4,8845, e movimentou pouco mais de US$ 10 bilhões.
Tribuna do Norte