Governo Lula paga R$ 7 bilhões do orçamento secreto sem respeitar decisão do STF
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pagou R$ 7 bilhões em emendas do orçamento secreto deixadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) sem respeitar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que declarou o esquema inconstitucional e determinou transparência sobre os parlamentares que apadrinharam os recursos.
A Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República afirmou que o governo cumpre a decisão do STF e que a Corte não proibiu o pagamento das emendas herdadas da gestão anterior. O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que liderou os repasses, disse que obras ficariam paralisadas se o dinheiro não fosse liberado. A pasta enviou um painel com informações incompletas sobre as transferências.
O orçamento secreto, revelado pelo Estadão, foi usado pelo governo Bolsonaro para repassar recursos em troca de apoio político no Congresso, sem dar transparência para os verdadeiros beneficiados pelo mecanismo. Houve compras com suspeitas de superfaturamento e investigações oficiais indicando corrupção e lavagem de dinheiro.
Lula participa da cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa nesta quarta-feira (19) da cerimônia de posse da presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Rio de Janeiro (RJ). Entre os desafios para a nova gestão, estão o plano de negócios da estatal, os preços dos combustíveis, exploração de petróleo em áreas de importância ambiental e ampliação do uso do gás.
A posse vai ocorrer às 15h30, no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello. Magda assume a vaga antes ocupada por Jean Paul Prates, que foi demitido por Lula no mês passado. A estatal passava por uma crise política, especialmente após a polêmica envolvendo a distribuição dos lucros obtidos na ordem de R$ 43 bilhões.
Magda Chambriard é formada em engenharia civil pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) e mestra em engenharia química pela mesma instituição. Foi empregada pública de carreira da Petrobras por 22 anos, entre 1980 e 2002. Depois, assumiu a diretoria-geral na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis entre 2012 e 2016, durante o governo de Dilma Rousseff (PT). Na sequência, entre 2017 e 2023, atuou como consultora em energia da FGV (Fundação Getúlio Vargas). Por fim, vinha atuando como assessora na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.