Itamaraty enfrenta “jogo de empurra” para retirar brasileiros de Gaza
Em contatos com a diplomacia brasileira do Itamaraty, nas últimas horas, os governos do Egito e de Israel procuraram se isentar da responsabilidade pela ausência de brasileiros nas listas de cidadãos retirados da Faixa de Gaza.
Autoridades palestinas adotam a mesma postura e em resposta ao Itamaraty. Com um jogando o problema no colo do outro, estão cada vez mais desafiadoras as gestões do Itamaraty para liberar os 34 brasileiros e familiares retidos em Gaza.
Na prática, segundo relatos feitos à CNN, o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não tem clareza de qual tem sido o maior empecilho para a saída dos brasileiros pela passagem de Rafah.
Itamaraty confirma desaparecimento de brasileiro de 59 anos em Israel
O Ministério das Relações Exteriores confirmou nesta segunda-feira, 23, que foi informado sobre o desaparecimento de mais um cidadão brasileiro durante os conflitos no Oriente Médio entre Israel e o grupo terrorista Hamas. De acordo com o Itamaraty, o desaparecimento de Michel Nisembaum, de 59 anos, foi confirmado pela Embaixada do Brasil em Tel Aviv com as autoridades locais.
Nisembaum está desaparecido desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas invadiu o sul de Israel. Na ocasião, 1,4 pessoas morreram e mais de 200 foram sequestradas pelos terroristas. Ainda não há mais informações sobre o desaparecimento do brasileiro, como o momento do último contato e onde ele estava no momento do ataque.
Três brasileiros morreram durante os confrontos na região da Faixa de Gaza: Ranani Glazer, Bruna Valenu e Karla Stelzer. Os três estavam em uma rave no sul de Israel que foi alvo do ataque inicial dos terroristas do Hamas no dia 7 de outubro. Segundo o balanço do Ministério das Relações Exteriores, três israelenses com ascendência brasileira também morreram na guerra.