Brasil só terá novo embaixador em Israel quando não houver risco de constrangimento
Diplomatas, ouvidos pela CNN, avaliam que o retorno de um embaixador brasileiro a Israel depende de fatores políticos, tanto internos quanto no país do Oriente Médio.
Ou seja, a volta de um diplomata brasileiro só deve acontecer quando houver a saída do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu do poder e, em consequência, de seu chanceler Israel Katz, ou depois do fim do governo Lula.
Reservadamente, um integrante do Itamaraty resumiu esse cenário afirmando que o retorno só acontecerá quando não houver risco de que um novo nome seja submetido a humilhação pela qual passou o embaixador Frederico Meyer, em fevereiro.
Hamas liberta 24 reféns em primeiro dia de cessar-fogo com Israel
Nesta sexta-feira 24, após 49 dias sob o domínio do Hamas, 24 pessoas sequestradas em solo israelense foram libertadas pelo grupo terrorista. O evento ocorreu por volta das 16h30 no horário local (11h30 em Brasília). Os reféns incluem 13 cidadãos residentes em Israel, além de 11 capturados, sendo dez tailandeses e um filipino.
O grupo israelense é o primeiro a ser solto graças a um acordo entre o Hamas e Tel Aviv. Até segunda-feira 27, espera-se que pelo menos dez reféns, todos mulheres e menores de 19 anos, sejam libertados diariamente. Israel propôs estender a trégua por mais 24 horas a cada novo grupo de dez reféns liberados.
Cerca de 240 pessoas foram capturadas pelo Hamas em sua incursão ao solo israelense em 7 de outubro, resultando em 1.200 mortos e desencadeando confrontos entre o Hamas e Tel Aviv em Gaza, conhecido como “sábado negro”.
Exército de Israel anuncia breve pausa nas operações militares em Rafah para fins humanitários
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram, neste domingo 19, uma breve suspensão das “atividades militares” na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, para “fins humanitários”.
A pausa ocorreu nesse domingo das 10h às 14h, horário local (5h às 9h no horário de Brasília), de acordo com um porta-voz da FDI.
Entretanto, o exército israelense afirma ter realizado operações militares em dois bairros da Cidade de Gaza para “identificar e destruir infraestruturas e ativos do Hamas”.
Israel ataca campo de refugiados em Gaza, mesmo com pedidos dos EUA por trégua
Aviões de guerra israelenses realizaram um ataque no campo de refugiados de Maghazi, localizado no centro da Faixa de Gaza, neste domingo, 5. Os ataques resultaram na morte de pelo menos 45 pessoas e deixaram dezenas de feridos, de acordo com informações fornecidas pelas autoridades de saúde locais.
Este ataque ocorreu em meio a uma ofensiva contínua por parte de Israel, para enfraquecer o controle do grupo terrorista Hamas sobre o território. Os números, divulgados pelo próprio Hamas, não podem ser verificados de forma independente.
Mesmo com os apelos internacionais, inclusive dos Estados Unidos, para uma pausa humanitária visando levar ajuda aos civis afetados, Israel continuou sua ofensiva, alegando que o Hamas estava enfrentando toda a força de suas tropas. O Ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou que qualquer pessoa na Cidade de Gaza estava em risco.
Israel considera realocar população de Gaza para o Sinai em documento vazado
Um documento vazado do Ministério da Inteligência de Israel levanta a possibilidade de realocar a população da Faixa de Gaza para a Península do Sinai, no Egito, após a conclusão da operação para destruir o Hamas. A recomendação inclui a transferência forçada de 2,2 milhões de habitantes de Gaza para acampamentos no Sinai, que seriam transformados em cidades permanentes. Além disso, o documento sugere a criação de uma zona tampão na fronteira com Israel para impedir a aproximação dos refugiados.
No entanto, a migração populacional forçada enfrenta resistência internacional, e o presidente egípcio Abdel Fattah El-Sisi já rejeitou a ideia de absorver a população palestina de Gaza. Os Estados Unidos também manifestaram oposição ao plano de realocação populacional. Sisi argumentou que transferir refugiados para o Sinai poderia representar uma ameaça à segurança e transformar a área em uma plataforma de ataques contra Israel.
Essa não é a primeira vez que a ideia de realocar palestinos para o Egito é discutida, mas propostas anteriores não avançaram. O governo israelense atualmente está focado na eliminação das capacidades do Hamas em Gaza.
Dezenas de terroristas do Hamas são mortos em Gaza, diz exército de Israel
O exército de Israel disse ter atingido mais de 600 alvos terroristas do Hamas durante ataques nas últimas 24 horas no norte da Faixa de Gaza. Os militares informaram ter matado dezenas de terroristas e destruído um edifício que o Hamas usava como ponto de partida. “As tropas das FDI [Forças de Defesa de Israel] mataram dezenas de terroristas que se barricaram em edifícios e túneis e tentaram atacar as tropas”, diz o comunicado.
O exército acrescentou que um caça a jato atacou um prédio “com mais de 20 terroristas do Hamas dentro”. Disseram ainda que uma aeronave também foi direcionada para bombardear um ponto de lançamento de mísseis antitanque no setor da Universidade Al Azhar. A instituição está localizada no centro da cidade de Gaza e tem sido alvo de ataques israelenses desde o dia 7 de outubro.
O braço militar do Hamas disse que seus integrantes entraram em confronto com tropas israelenses no noroeste de Gaza com armas pequenas e mísseis antitanque. Os terroristas continuaram a disparar foguetes contra Israel, inclusive contra o centro comercial, em Tel Aviv.
Exército de Israel expandiu operações terrestres em Gaza
O Exército de Israel neste domingo, 29, ampliou suas operações terrestres em Gaza, com a movimentação de tanques, veículos blindados e tropas, naquilo que o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu descreveu como a “segunda fase” do conflito.
As Forças de Defesa de Israel (IDF) divulgaram vídeos que alegadamente mostram essas operações terrestres e ataques contra alvos do Hamas na Faixa de Gaza. De acordo com os militares, as aeronaves de combate das IDF atingiram mais de 450 alvos militares pertencentes ao Hamas na Faixa de Gaza, incluindo centros de comando operacional, postos de observação e locais de lançamento de mísseis antitanque.
Agora RN
Israel ataca área próxima a hospital de Gaza após acusar o Hamas de usá-lo como base
Em uma série de ataques aéreos realizados na manhã deste domingo (29), aviões de guerra israelenses realizaram bombardeios em uma área próxima ao Hospital Shifa, maior prédio de saúde na Faixa de Gaza. O local está atualmente lotado de pacientes e dezenas de milhares de palestinos em busca de abrigo. Israel alegou que a liderança do grupo terrorista Hamas tinha um posto de comando sob o hospital, embora provas substanciais não tenham sido fornecidas.
Esses ataques ocorreram um dia depois que o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, anunciou uma “segunda fase” no conflito contínuo de Israel com o Hamas, três semanas após ataque do Hamas em Israel no dia 7 de outubro. Forças terrestres israelenses entraram em Gaza durante o fim de semana, enquanto Israel realizava ataques no território por via aérea, terrestre e marítima.
O bombardeio, descrito pelos residentes de Gaza como o mais intenso do conflito, interrompeu a maioria das comunicações na região na noite de sexta-feira, dia 27, isolando os 2,3 milhões de habitantes do enclave sitiado do restante do mundo. As comunicações foram parcialmente restabelecidas na manhã deste domingo, de acordo com empresas locais de telecomunicações.
Hamas propõe troca de reféns por todos os palestinos presos por Israel
O líder do Hamas na Faixa de Gaza, Yahya Sinouar, disse neste sábado 28 que estava pronto para concluir “imediatamente” uma troca dos reféns que o movimento palestino detém por “todos os prisioneiros palestinios” detidos por Israel.
“Estamos prontos para concluir imediatamente uma troca para libertar todos os prisioneiros nas prisões do inimigo sionista em troca de todos os reféns nas mãos da resistência”, declarou Sinouar num comunicado divulgado pelo movimento Hamas.
No ataque que deu início à guerra contra Israel, o grupo palestino sequestrou cerca de 200 pessoas, além de ter matado 1,4 mil. Desde então, Israel tem realizados ataques cada vez mais intensos à Faixa de Gaza, região da Palestina controlada pelo Hamas. Mais de 7 mil civis palestinos já morreram com a guerra.
Israel expande operações terrestres em Gaza após cortar internet do enclave
Israel disse nesta sexta 27 que suas forças terrestres estão expandindo os ataques na Faixa de Gaza, à medida que se aproxima de a ordem de invasão do território sitiado. A internet do enclave palestino foi cortada, deixando a população sem comunicação com o exterior. “O Hamas sentirá nossa ira esta noite”, disse Mark Regev, assessor do premiê israelense, Binyamin Netanyahu, em entrevista à emissora MSNBC, dos EUA.
O comando militar israelense confirmou que suas tropas estão combatendo dentro da Faixa de Gaza pelo segundo dia seguido, mas recusou-se a dizer se a operação foi o início de uma invasão terrestre em grande escala. Durante dois dias, o Exército de Israel fez incursões dentro do enclave.
“Nossas tropas e tanques estão dentro da Faixa de Gaza. Eles estão trocando tiros e realizando operações”, afirmou o major Nir Dinar, porta-voz militar. “Mas nossas tropas e tanques também estiveram dentro de Gaza na quinta-feira”, acrescentou.
Tropas de Israel entram em Gaza à medida que incursão terrestre maior se aproxima
Os militares israelenses disseram que suas tropas e tanques entraram brevemente no norte de Gaza, atingindo vários alvos militantes enquanto uma incursão terrestre mais ampla se aproximava após mais de duas semanas de guerra.
Os ataques aéreos israelenses devastaram partes da Faixa de Gaza deixando bairros em escombros e hospitais com dificuldades para tratar feridos, à medida que os recursos estão cada vez menores.
O ataque ocorreu depois que a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que está à beira de ficar sem combustível, a forçando a reduzir drasticamente os esforços de socorro no território bloqueado. E o Conselho de Segurança da ONU falhou novamente na abordagem da guerra entre Israel e o Hamas, rejeitando resoluções rivais dos Estados Unidos e da Rússia.
Entenda o que é sionismo, movimento que dá origem ao Estado de Israel
O conflito no Oriente Médio tem entre seus principais elementos a busca de Israel por consolidar-se como um Estado. A base política-ideológica que deu origem à construção desse Estado é chamada de sionismo. Por isso, para entender o atual conflito no Oriente Médio, é preciso voltar no tempo.
O sionismo é um movimento surgido no século 19 na comunidade judeus na Europa que buscavam uma solução para a questão judaica. Naquela época, o antissemitismo – que é a discriminação contra os povos semitas, entre os quais, está o povo judeu – estava em crescimento no continente.
Foi o sionismo enquanto movimento político que deu corpo à criação do Estado de Israel, em 1947, logo após o Holocausto na Europa, quando cerca de 6 milhões de judeus foram assassinados, principalmente em campos de concentração da Alemanha nazista. O termo sionismo faz referência ao Monte Sião, nome de uma das colinas de Jerusalém e usado como sinônimo de terra prometida, ou terra de Israel.