Calor aumenta preço de alimentos e eletrônicos e pode impactar a luz
Os brasileiros estão sentindo na pele os efeitos da onda de calor extremo que castiga boa parte do país. Mas, além das implicações físicas, as altas temperaturas têm impacto em outro ponto que preocupa consumidores: o bolso.
Alimentos e eletrodomésticos, como ar-condicionado e ventilador, registraram aumento nos preços, de acordo com dados de outubro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A conta de luz também pode ficar mais cara em breve devido ao aumento do consumo, avaliam especialistas.
O preço do ar-condicionado subiu 6,09%, indica o IPCA, maior valor desde outubro de 2010, quando o custo do eletrodoméstico que gela o ar teve alta de 10,54%. Já o ventilador teve variação de 0,20% para cima. A Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Abrava) aponta aumento de 38% nas vendas de aparelhos de ar-condicionado somente no segundo semestre do ano.
Inflação oficial fica em 0,26% em setembro, diz IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, subiu para 0,26% em setembro deste ano. Em agosto, a taxa havia ficado em 0,23%. Já em setembro de 2022, o índice havia registrado deflação (queda de preços) de 0,29%.
Segundo dados divulgados nesta terça-feira 17 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de inflação de 3,50% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 5,19%, portanto acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano, que é de 4,75%.