Estudo com 400 mil pessoas devasta efeitos das multivitaminas

As multivitaminas não são tão úteis quanto pensamos. Pelo menos é o que relata um estudo da agência de pesquisa biomédica do governo dos EUA. O estudo, que analisou dados de 400 mil adultos dos EUA durante mais de 20 anos, afirma que não há evidências que comprovem a associação entre o uso regular de multivitaminas com a longevidade

Muitas pessoas tomam multivitaminas visando melhorar a saúde. Porém, de acordo com o estudo, os benefícios e os perigos do uso regular ainda são incertos. Pesquisas anteriores sobre a relação entre o uso de multivitaminas e a longevidade apresentaram resultados mistos.

Os pesquisadores analisaram dados de três grandes estudos prospectivos com diversidade geográfica, envolvendo quase 400 mil adultos estadunidenses acompanhados por mais de 20 anos. A maioria dos participantes era saudável, sem histórico de câncer ou outras doenças crônicas.

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Incidência de câncer cresce 79% em pessoas com menos de 50 anos

Dados de um estudo publicado na revista científica BMJ Oncology têm preocupado especialistas da saúde. O aumento de 79% do câncer em adultos jovens vai na contramão do desenvolvimento da doença como um todo. Como afirma Jorge Sabbaga, da Oncologia Clínica do Instituto do Câncer, os dados “vêm num contexto em que a incidência mundial de câncer vem de fato baixando”.

Justamente no grupo que não era considerado de risco, pessoas em geral abaixo de 50 anos, crescem os casos da doença. O professor dá alguns indicativos das razões dessa tendência contraintuitiva. Historicamente, o principal grupo de risco eram os tabagistas. Com cada vez menos usuários de tabaco, a diminuição de câncer na terceira idade se explica. Já a aparição de tumores em grupos mais jovens pode ter causas diversas, sendo uma das principais o aumento da obesidade.

Enquanto a taxa de tabagistas cai, sobe a de obesos. O cenário, como afirma Sabbaga, é de “esses dois fatores trabalhando cada um contra o outro” e que “isso provavelmente interfere com o aumento da incidência de câncer em populações mais jovens”.

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