Varredura nos pavilhões não encontra sinal de celulares em Alcaçuz

Sem celulares, os presos custodiado em Alcaçuz passaram a se utilizar da comunicação com advogados para repassar informações ao mundo exterior. Em 15 de março deste ano, uma advogada foi condenada a quatro anos e nove meses de prisão por chefiar um esquema de troca de mensagens com detentos em presídios do estado.

Antes disso, em 2022, o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) deflagrou a operação Carteiras 2. O objetivo foi combater ação de advogados que atuam para uma organização criminosa.

À época, um advogado foi preso na Penitenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta. A investigação do MPRN já apurou que ele, por diversas vezes trocou “catataus” (mensagens) com detentos, estabelecendo a comunicação entre os internos integrantes da organização criminosa que ainda estão nas ruas e as lideranças encarceradas.

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Pedidos de regalias em unidades prisionais do Rio Grande do Norte e retaliações a operações contra lideranças de facções criminosas podem estar entre as razões que motivaram uma série de ataques que aterrorizaram o Estado nesta terça-feira (14).

É o que apurou a Tribuna do Norte com fontes do Ministério Público e forças de segurança ligadas à Inteligência do Estado. Segundo investigações, os “decretos” para ataques a ônibus, bancos e cidades potiguares partiram de dentro do Complexo de Alcaçuz. Uma das principais lideranças do Sindicato do Crime foi transferida para presídio federal nesta terça-feira (14).

“O que foi dito na reunião [entre forças de segurança pública] e ainda está sendo levantado é que os presos estariam reclamando dos tratamentos dentro dos presídios, porque foi cortado visita íntima, por exemplo”, confirmou a secretária de Segurança Pública e Defesa Social de Natal, Sheilla Freitas.

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