O advogado da família de Marília Mendonça, Robson Cunha, afirmou que o relatório feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) não indica erro humano ou falha mecânica no acidente que matou Marília Mendonça.
“De modo geral, o Cenipa entende que não houve, por parte das decisões do piloto, nenhum erro. Todas as decisões que foram tomadas pelo piloto na ocasião, ainda que fora de um plano de voo, elas não são equivocadas ou erradas”, disse Cunha.
Entretanto, o advogado ressaltou que será recomendado pelo órgão que sejam colocados identificadores no cabo em que o avião que transportava a cantora bateu. Como ele não está no perímetro de segurança do aeroporto, não é obrigatória a sinalização visual.
“Hoje, temos o principal motivo do acidente o obstáculo, que ocasionou aí o impacto e o acidente”, complementou Cunha, adicionando que a perícia da polícia de Caratinga também apontará circunstâncias do caso. Esta outra investigação ainda não foi concluída.
Ainda de acordo com Cunha, a apuração do Cenipa também não aponta falha mecânica nem pane seca na aeronave. Marília Mendonça viajava para cumprir a agenda de shows quando a aeronave bateu em um fio de alta tensão e caiu em um curso d’água próximo da rodovia BR-474.
O acidente aconteceu no dia 5 de novembro de 2021, em Piedade de Caratinga, no Vale do Rio Doce, no oeste de Minas Gerais. Além de Marília, morreram o produtor Henrique Ribeiro, o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, o piloto e o co-piloto do avião, Geraldo Martins Medeiros e Tarcísio Pessoa Viana, respectivamente.
O advogado destacou que o relatório do Cenipa não visa indicar responsáveis pelo caso, mas possíveis fatores para o ocorrido e sugestões para que situações como essa não venham a ocorrer novamente.
Sobre a ausência da mãe de Marília, Dona Ruth, na sede do órgão nesta segunda-feira (15), Cunha explicou que foi uma decisão dela, que não que fazer “nenhum tipo de sensacionalismo em cima disso” e que o único interesse é que acidentes como esse não ocorram mais.
CNN Brasil