O governo de Luiz Inácio Lula da Silva planeja contratar uma empresa para instalar 62 mil grades de proteção na Esplanada dos Ministérios e nos Palácios da Alvorada e do Planalto. Com uma extensão total de 124 quilômetros, os alambrados são equivalentes a uma distância maior que a trajetória entre São Paulo e Santos. O pregão para a aquisição das grades foi autorizado em 4 de maio.
A lista de compras do Gabinete de Segurança Institucional (GSI)inclui também 1 quilômetro de estruturas para “barricada de contenção de público” e mais 6 quilômetros de tapume para fechar áreas de segurança. O custo estimado para a contratação é de quase R$ 1 milhão.
Nos últimos anos, o uso de grades de proteção tem modificado a paisagem de Brasília. Prédios como o Supremo Tribunal Federal (STF), a Praça dos Três Poderes, o Congresso e o Palácio do Planalto foram cercados por essas barreiras.
Agora, o governo Lula pretende utilizar os milhares de grades para proteger os palácios e as residências oficiais da Presidência, como o Alvorada e o Jaburu, onde Lula e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), residem, respectivamente. O material também poderá ser utilizado em outras áreas fora do complexo presidencial, especialmente onde possa haver aglomerações ou manifestações de risco.
A justificativa do edital de contratação afirma que “a previsão de realização de eventos em Brasília, em decorrência de visitas de chefes de Estado e/ou de governo, atividades políticas ou em decorrências de prováveis manifestações implicam na necessidade de emprego de alambrados disciplinadores, visando a elevar a capacidade de segurança a ser proporcionada, em todos os níveis e para todas as autoridades que se necessite proteger”.
O GSI, que passou por troca de comando e instabilidade interna recentemente, alega a necessidade de contratar mais de uma centena de quilômetros de barreiras de proteção devido à previsão de manifestações em Brasília, onde se encontram as sedes do governo federal.
Revista Oeste