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Festejos juninos levam ao aumento da procura por fogos de artifício

O mês de junho sempre é esperado no Nordeste para incrementar as vendas no comércio, graças às festas de Santo Antônio, São Pedro, São Paulo e, principalmente, São João. De acordo com a Associação dos Empresários do Bairro do Alecrim (Aeba), entre os dias 7 a 14 de junho, através da edição São João do Comércio, realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Rio Grande do Norte (Fecomércio RN), a expectativa é de uma movimentação de cerca de R$ 4 milhões apenas no bairro do Alecrim, em Natal. Entre os artigos mais procurados para a época, estão os fogos de artifícios.

Washington Reis, 54, tem uma loja especializada na venda de fogos de artifícios no bairro há mais de 40. Com a forte movimentação gerada pelas festas de junho, a loja dele salta de dois para 12 funcionários durante o período, para que seja possível atender a demanda e manter a qualidade de atendimento.

“As vendas vêm em uma crescente desde o início do mês. Em 2023 tivemos um aumento de 10% relacionado ao ano anterior e esperamos superar também no mínimo 10% para 2024”, estima Washington. Até o momento, ele relata que a procura está mais destinada às comemorações de condomínio e dos eventos nas escolas. Washington considera ainda a aquisição de fogos como “democrática”, pela possibilidade de comprar produtos a partir de R$10,00 até valores mais altos, como R$ 100,00.

Com o entendimento de que os fogos com estouros barulhentos prejudicam os pets, os artigos sem estampido têm sido procurados, mas não deve interferir na estética dos momentos pirotécnicos. “As vendas de bombas, traques e demais produtos de estampidos vêm reduzindo, mas existem outros que não fazem estampidos que melhora, aumenta e mantêm a tradição do lúdico”, avalia o empresário.

Durante o período de junho, o comércio informal também se movimenta. Na Avenida Antônio Basílio, no bairro de Lagoa Nova, zona Sul de Natal, existem pelo menos três grupos de empreendedores que vendem artigos juninos, com a maioria dos produtos em vestimentas, mas também comercializam fogos de artificio.

Aldira Ribeiro, 42, é uma das empreendedoras que utiliza parte do canteiro da via e está otimista para o faturamento. Em estrutura, ela conta com dois funcionários e duas tendas, divididas entre roupas e uma mesa especial para fogos de artifício. “A diversidade de produtos é essencial para atrair uma clientela variada e aumentar as chances de vendas durante o período junino”, frisa a vendedora.

Cuidados
Apesar da tradição dos fogos no período junino, é preciso levar em consideração os riscos e, por isso, uma série de cuidados devem ser realizados antecipadamente, desde a compra até a execução dos fogos. O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) alerta para riscos de queimaduras, incêndios e outros tipos de acidentes.

Um dos fatores mais importantes na hora de comprar fogos é a verificação da validade, além de uma leitura minuciosa das informações sobre o procedimento de segurança do produto, contidas na embalagem do item. A umidade e o lacre também devem ser observadas.

Segundo o subcomandante-geral e diretor de operações do Corpo de Bombeiros, coronel Franklin, os usuários dos fogos de artifício devem estar atentos aos locais de soltura. ”A distância para explodir os fogos com segurança é em média de 30 a 50 metros de pessoas, edificações, árvores e carros. É preciso ter um cuidado especial com as crianças”, completou.

Nos casos em que os fogos tenham falhado, o Corpo de Bombeiros recomenda que as pessoas não realizem a tentativa de reutilização. Além disso, não é recomendado experiências, modificações ou tentativas de produzir os próprios fogos de artificio.

Tribuna do Norte

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